Jayme Campos: violência toma conta de Mato Grosso




O senador Jayme Campos (DEM-MT) denunciou, em pronunciamento em Plenário nesta terça-feira (30), a situação "insustentável" da segurança pública em Mato Grosso, que, segundo disse, sofre com aumento do número de crimes violentos, baixo efetivo policial e lentidão na Justiça. Referindo-se à tentativa de assalto a um carro-forte em Cuiabá nesta segunda-feira (29), que resultou em dois assaltantes e dois vigilantes mortos, o parlamentar condenou a ousadia de quadrilhas que "assaltam e matam sem piedade em plena luz do dia", levando um clima de terror à capital do estado.

- Os governos têm a obrigação ética de reprimir o crime, punindo exemplarmente os seus culpados. Os governos não podem ser frouxos ou paternalistas com bandidos; devem agir com o rigor de suas atribuições constitucionais, caçando os criminosos e salvaguardando os direitos individuais e coletivos do cidadão - declarou.

Apresentando números do Poder Judiciário, o senador denunciou que "dormem nos escaninhos dos tribunais" 6.300 processos de homicídio, e das mais de 11 mil denúncias de assassinato dos últimos três anos, 5 mil casos ainda não foram julgados. Jayme Campos elogiou a proposta do PAC da Segurança, mas mostrou-se cético quanto ao preenchimento das 2.800 bases comunitárias estabelecidas pelo plano.

- Onde vamos ter policiais para atender todas essas bases comunitárias? Mato Grosso, hoje, precisava ter, no mínimo, algo como 12 mil policiais, mas temos um efetivo na casa de 6.500 a 7 mil homens. Quero fazer um apelo à presidente Dilma para que veja com outros olhos a questão salarial de nossos policiais - disse o senador.

Em aparte, o senador Paulo Paim (PT-RS) diz que a discrepância salarial entre polícias das unidades federativas é um desafio que tem que ser enfrentado, e lamentou que a Câmara não vote o adicional de periculosidade para vigilantes, uma proposta que já foi aprovada no Senado.



30/08/2011

Agência Senado


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