JEFFERSON QUESTIONA INDICAÇÃO DE CONSELHEIRO



A indicação do advogado catarinense Mércio Felsky para uma vaga de conselheiro no Cade foi questionada pelo senador Jefferson Péres (PSDB-AM). Para o senador, por não ter curso de pós-graduação e não haver ocupado cargos relevantes, o indicado não contaria com notável saber jurídico ou econômico para assumir o cargo, de acordo com a determinação da lei que rege o Cade. "Faço o questionamento por achar que a Comissão de Assuntos Econômicos não deve ser órgão meramente homologador", afirmou.

O senador Vilson Kleinübing (PFL-SC), relator das indicações para o conselho, afirmou que Felsky é uma sugestão pessoal sua para o Cade. Kleinübing ressaltou a importância de colocar uma pessoa com experiência no setor privado (veja biografias dos indicados nesta página) junto com conselheiros com experiência acadêmica.

Os demais senadores catarinenses - Esperidião Amin (PPB) e Casildo Maldaner (PMDB) - apoiaram as colocações de seu colega de bancada. "Testemunho, baseado no seu desempenho em Santa Catarina, que não há nada que o desabone. O quesito ética deve pesar, além da pós-graduação", afirmou Maldaner, referindo-se à administração de Felsky frente ao Banco do Estado de Santa Catarina quando Kleinübing era governador.

Esperidião Amin comentou ser raro ver um catarinense designado para função importante no governo federal. "O estado não tem funções públicas na Agricultura ou no Comércio Exterior, áreas em que muito contribui", afirmou. Ele disse que votaria favoravelmente a Felsky com a convicção de que o indicado sempre agiu ao lado do interesse público. O senador Djalma Bessa (PFL-BA) também se pronunciou em defesa de Felsky. "Ter prática nessa área pode ser mais importante que um doutorado", afirmou.

- Com a experiência de quem vem da iniciativa privada, com passagem pela administração pública, assumo o compromisso de exercer com zelo e dedicação a função, baseado na transparência dos trabalhos - afirmou Felsky ao final da sabatina da CAE. Felsky foi indicado para a vaga do conselheiro Paulo Dyrceu Pinheiro, afastado recentemente para ocupar a embaixada brasileira em Cingapura e, por isso, tem apenas mais um ano de mandato.



26/05/1998

Agência Senado


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