Jefferson questiona falta de providências por parte de ACM



O senador Jefferson Peres (PDT-AM) disse estar intrigado com o fato de o senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) não ter tomado nenhuma providência ao receber a lista das mãos do senador José Roberto Arruda (sem partido-DF).

- Um homem cioso da sua autoridade, como senhor, e que sabe exercê-la, chega no seu gabinete o senador Arruda com uma coisa estarrecedora, comunicando ao presidente do Senado que, à sua revelia, havia pedido a uma alta funcionária que cometesse um ilícito. Ela obedeceu e Vossa Excelência não repreendeu o senador Arruda por aquela irresponsabilidade? Não ficou chocado? Por que não reagiu a alguém que praticou um crime? - questionou.

Antonio Carlos disse que não chamou Regina para saber o que estava acontecendo porque tinha confiança absoluta nela. Ele insistiu na afirmação de que não exporia o Senado a um escândalo. "Se errei foi para evitar um mal maior ao Senado Federal". Segundo ele, a conseqüência de revelar a violação seria muito maior, pois cassaria um senador e a votação seria suspensa por suspeição. Em relação ao encontro com Regina na casa da secretária Isabel Flecha de Lima, o senador explicou que havia pedido a Regina que fosse ao seu gabinete, mas ela não quis por causa dos repórteres e porque os membros da nova Mesa tomariam conhecimento, o que não seria bom pra ela.

O senador assegurou que o encontro teve a duração máxima de dez minutos e que o assunto girou em torno da perseguição por parte da nova direção do Prodasen de que Regina se sentia vítima e o que ele poderia fazer para ajudá-la. Antonio Carlos também disse que não teve curiosidade de saber por que Arruda pediu a violação do painel e utilizou o seu nome para isso. Ele afirmou que fez "alguma admoestação" a Regina, mas não quis demiti-la porque era uma profissional altamente competente.

O corregedor-geral, senador Romeu Tuma (PFL-SP), perguntou se Antonio Carlos teria conhecimento de algum obstáculo psicológico que impedisse Regina de procurá-lo antes de violar o painel. Antonio Carlos disse que sempre lhe deu um tratamento muito respeitoso e sempre teve admiração pelo trabalho que ela fazia. Ele negou qualquer coação psicológica e argumentou que sequer houve tempo hábil para isso, uma vez que Regina falou com Arruda às 22h e no dia seguinte pela manhã já estava com tudo resolvido. "E se não podia falar comigo, porque não falou com outros membros da Mesa?", perguntou.

26/04/2001

Agência Senado


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