JOÃO ALBERTO QUER ENTREGAR RELATÓRIO PARCIAL ATÉ DIA 30



O relator da CPI que investiga irregularidades no sistema financeiro, senador João Alberto (PMDB-MA), afirmou nesta segunda-feira (dia 17), em entrevista à imprensa, que pretende apresentar até o próximo dia 30 à comissão de inquérito relatório parcial, tratando das denúncias de venda de dólares pelo Banco Central aos bancos Marka e FonteCindam, a preços favorecidos. João Alberto informou ainda que a CPI faz uma reunião administrativa, nesta terça (dia 18), às 16h, para discutir a pauta da próxima semana. Nesta quinta (dia 20), às 10h, a CPI tomará o depoimento do secretário da Receita Federal, Everardo Maciel, que será questionado sobre denúncias de sonegação fiscal por parte de sete grandes bancos, quase todos estrangeiros. O relator anunciou a criação de três grupos de trabalho na CPI, para auxiliá-lo na análise de documentos obtidos por quebra de sigilos fiscal, telefônico e bancário. A senadora Emília Fernandes (PDT-RS) irá examinar todos os papéis encaminhados pelas empresas de telecomunicações, enquanto o senador Eduardo Siqueira Campos (PFL-TO) cuidará de extratos bancários dos envolvidos no caso Marka-FonteCindam. Foi convidado o senador Paulo Hartung (PSDB-ES), que não faz parte da CPI, para analisar declarações de imposto de renda.João Alberto considera desnecessário convocar Francisco Lopes, ex-presidente do Banco Central, para ser questionado sobre a venda de dólares a preços favorecidos aos dois bancos, nos dias 14 e 15 de janeiro. "Os depoimentos que tomamos na CPI contradizem o que afirmou Francisco Lopes à Polícia Federal", disse. "Caso ele seja convocado para tratar deste assunto, apenas deverá repetir o que disse à Polícia", previu.O senador Eduardo Siqueira Campos garantiu, em entrevista à imprensa, que pretende concluir até o final desta semana a análise dos extratos bancários em poder da CPI. Siqueira acha que à CPI não cabe apontar se houve ou não irregularidades nas operações Marka-FonteCindam. "A CPI deve descrever tudo que investigou e remeter o assunto ao Ministério Público, o qual deve decidir se houve crimes ou não", opinou.

17/05/1999

Agência Senado


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