João Batista: Lula encaminhou o país a situação vexatória



O senador João Batista Motta (PSDB-ES) afirmou, em discurso nesta sexta-feira (29), que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, candidato à reeleição, não poderia comparecer ao debate realizado pela Rede Globo na noite de quinta-feira (28) por ter encaminhado o Brasil a uma "situação vexatória". O senador citou como motivos que teriam afastado o candidato do debate"razões técnicas, por falta de investimento em habitação, saúde, educação, e pela desorganização e burocracia que atrapalham a vida do povo brasileiro".

- Esse presidente tem condições de ir a um debate como o que aconteceu ontem? Temos inúmeras razões para que ele não tivesse ido - destacou.

O senador criticou a gestão governamental na saúde, pela incidência de filas intermináveis nos hospitais e pela falta de remédios, e no agronegócio, que, na sua avaliação, vem acumulando perdas pelo preço do dólar e enfrenta problemas para a exportação da produção. João Batista Motta condenou também a atuação do governo Lula no setor habitacional, apontando a carência de recursos para a habitação e destacando que as verbas para essa área nunca chegam às classes mais baixas. O senador ressaltou que o presidente Lula não conseguiria responder a todas essas questões no debate e que por isso teria preferido a ausência.

- Não esqueça do debate de ontem (quinta-feira), da cadeira vazia, do desrespeito. Não foi porque (ele) não pôde, mas porque não tinha resposta, porque não tinha o que mostrar - argumentou.

O parlamentar pediu ao povo brasileiro para "fazer justiça" na eleição deste domingo (1º). Esse será o dia de "banir" os maus políticos, disse Motta, ao ressaltar que o resultado do pleito de domingo irá definir se o futuro do país será promissor. O senador fez ainda um apelo para que os eleitores ajudem a "criar um rumo diferente para este Brasil".

- Temos que fazer uma varredura completa, iniciar reformas estruturais e de grande porte; temos que acabar com a reeleição - disse.

O senador defendeu a realização de uma reforma tributária, para acabar com determinados impostos, diminuir a burocracia e remunerar melhor a produção. Pediu ainda uma reforma política que assegure normas para a fidelidade partidária e para a implementação do voto distrital. João Batista também criticou o governo federal por transmitir para a população uma imagem de "país das maravilhas" que não considera real. Sugeriu ainda que é preciso reverter em benefícios para o cidadão o sucesso obtido, por exemplo, com a auto-suficiência da Petrobras. Com essa situação, avalia o senador, haveria condições de fornecer gasolina à população a R$ 1,50 o litro.



29/09/2006

Agência Senado


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