João Pedro lembra 60 anos da Declaração dos Diretos Humanos
O senador João Pedro (PT-AM), em discurso nesta quarta-feira (10), registrou os 60 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos, completados nesta data, e lamentou que esses direitos não sejam rigorosamente garantidos.
- O regozijo pleno ainda não será desta vez: o mundo viveu, nesses últimos sessenta anos, muitas tragédias sociais e guerras que empanaram a luta dos que agem pela paz, pela justiça, pela liberdade, pela fraternidade e pela solidariedade - disse.
Entretanto, reconhece o senador, os princípios da declaração estimularam a consciência de pessoas e de povos para reprovar os atos que sinalizaram retrocesso a barbáries cometidas anteriormente. A declaração foi um avanço notável, afirmou o senador, porque, pela primeira vez, se estabeleceu direitos universais para todos os povos, independentemente de credo, cor, gênero ou raça, como garante o artigo primeiro do documento, e que resume, na visão do senador "a grande utopia do prevalecimento dos direitos humanos universais sobre a vontade de pessoas, grupos, instituições ou governantes autoritários".
João Pedro lamentou que o mundo não tenha se livrado das "tensões e dos conflitos sociais e beligerantes". Ele assinalou que o reordenamento geopolítico mundial, baseado no confronto ideológico entre o capitalismo e o socialismo, gerou problemas e situações de instabilidade política, social e econômica em diferentes lugares, acrescentando que o capitalismo, por sua vez, está "aquém de promover igualdade social e econômica que sustente os esteios dos fundamentos da dignidade humana, como o direito ao emprego, à moradia, à educação e ao lazer".
- O mundo precisa de uma experiência nova, de um socialismo que supere o capitalismo e corrija as suas próprias experiências históricas. Uma nova etapa baseada na igualdade, na justiça social e não mais na exploração da classe trabalhadora em benefício de poucos. É isso, no meu entendimento, que almeja a Declaração Universal dos Direitos Humanos - disse.
O parlamentar também protestou contra o que chamou de "profanações" aos direitos contidos na declaração por decisões da Organização das Nações Unidas (ONU) a favor de intervenções militares em diversos países.
10/12/2008
Agência Senado
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