João Pedro repudia "assassinato covarde" de cinco integrantes do MST em Pernambuco



Demonstrando indignação, o senador João Pedro (PT-AM) repudiou o assassinato de cinco trabalhadores integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) em Pernambuco, ocorridos na noite da segunda-feira (6). Os cinco foram mortos por duas pessoas em uma motocicleta, no acampamento Chico Mendes, no distrito de São Domingos, município de Brejo da Madre de Deus, no agreste de Pernambucano.

- Não só o Brasil, o mundo é surpreendido com assassinatos de homens pobres, de pessoas que lutam pela terra, pela cidadania, por justiça social - disse o senador. Não podemos aceitar que grupos armados façam justiça ou procurem a justiça pelo caminho do assassinato covarde, desta brutalidade no campo, que não é de hoje.

Na avaliação de João Pedro, mais esse massacre de trabalhadores sem terra caracteriza desrespeito não só à Justiça e às leis brasileiras, mas a toda a população do país. Ele disse esperar que a polícia de Pernambuco investigue os assassinatos e encontre os culpados, para que sejam punidos por essa covardia.

João Pedro pediu que toda a sociedade brasileira atente para a importância das diversas entidades que congregam trabalhadores sem terra no Brasil, que só existem, assinalou, devido à ausência de justiça social.

- Eu estou levantando a minha voz aqui em solidariedade a esses homens, a essa categoria de trabalhadores. São os de baixo. São pobres. São homens que lutam por tão pouco, reivindicam tão pouco - um pedaço de terra - e pagam com a vida. Foi um assassinato brutal. Eu não posso calar frente a tamanha covardia - declarou.

Em apartes, os senadores Inácio Arruda (PCdoB-CE) e Marcelo Crivella (PRB-RJ) também repudiaram a chacina e solidarizaram-se com as famílias dos trabalhadores assassinados.

- O que querem esses homens e essas mulheres do povo é produzir, educar seus filhos, dar uma vida digna à população rural brasileira que quer produzir no campo - disse Inácio Arruda, lamentando o que chamou de massacre.

Marcelo Crivella disse que enviará ofícios à Procuradoria, ao Tribunal de Justiça e ao governador de Pernambuco pedindo empenho nas investigações.

- Esses cidadãos brasileiros vão para as barracas de plástico preto e ali sonham, eles e suas famílias, em ter um pedacinho de terra e viver do seu trabalho. A dificuldade que o governo encontra de assentar a todos acaba fazendo com que as invasões aconteçam. E aí, eles encontram o ódio e a truculência daqueles que não conseguem entender que seus irmãos têm direito legítimo a um espaço de terra neste país para poderem viver em paz - disse o senador.



07/07/2009

Agência Senado


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