João Tenório anuncia aumento de 32%, até 2010, da área canavieira



O senador João Tenório (PSDB-AL) elogiou, nesta quarta-feira (24), o empresariado brasileiro pelos investimentos em energia renovável, o que resultou no crescimento da indústria sucro-alcooleira no país nos últimos 30 anos. Ele enfatizou o atual reconhecimento dessa indústria em nível internacional, em decorrência de sua tecnologia de ponta, ambientalmente correta e economicamente competitiva.

João Tenório anunciou aumento de 32% da área canaveira, até 2010, com a entrada em operação de 74 novas centrais energéticas, num investimento da ordem de US$ 8 bilhões para atender ao aumento da demanda. Segundo o parlamentar, o novo mercado movimentará R$ 12 bilhões, gerará R$ 2,4 bilhões em impostos e 280 mil empregos nas novas usinas, sem falar em um milhão de novas oportunidades de trabalho na cadeia produtiva da indústria sucro-alcooleira.

- O álcool brasileiro se tornou a mais testada e produtiva fonte de energia renovável utilizada no mundo; objeto de desejo de ambientalistas internacionais, gerando um potencial de mercado que explica este esforço empresarial - disse.

João Tenório ressaltou que o Brasil soube adaptar-se ao aumento da demanda por álcool e, embora tenha enfrentado alguns percalços, entre os quais eventuais descompassos entre oferta e procura e regimes fiscais incoerentes, conseguiu tornar-se o maior produtor de álcool do mundo.

- Isso significa um salto gigantesco em escala, eficiência, logística e tecnologia, o que tem exigido da cadeia produtiva de cana-de-acúcar uma profunda e contínua evolução - enfatizou.

Entre as vantagens da expansão do setor, Tenório ressaltou a fixação do homem no campo; o desaparecimento do bóia-fria com a maior qualificação da mão-de-obra; e salário médio três vezes superior à média nacional. Além disso, observou, desde 1989 o setor tornou-se auto-suficiente, submetendo-se às intrincadas regras do mercado financeiro nacional e valendo-se de sua credibilidade comercial interna e externa.

No plano nacional, o parlamentar destacou também a recente instalação no país da tecnologia Flex Fluel, que permite ao consumidor alternativas, eliminando a dependência exclusiva de um só combustível. Criticou a mídia por alardear o aumento de 30% do valor do álcool no período da entressafra, no início do ano, e as autoridades governamentais pelas ameaças ao setor.

- Agora, houve redução de 40% no preço do combustível e nada se falou; ninguém elogiou - disse o senador, acrescentando que a solução está nos estoques reguladores.

O senador foi aparteado pelo colega Roberto Saturnino (PT-RJ), que destacou a implantação do Programa Pró-álcool, em 1975.



24/05/2006

Agência Senado


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