João Tenório discute etanol com governador da Flórida, Jeb Bush
Em entrevista à Agência Senado, João Tenório relatou que as discussões tiveram caráter preliminar, não existindo nenhuma manifestação mais concreta e imediata por parte do governo americano no sentido de financiar, por exemplo, a produção de álcool.
- Os dois líderes do encontro, o governador americano Jeb Bush e o ex-ministro da Agricultura Roberto Rodrigues, decidiram apenas construir uma agenda para que essa interação entre o álcool produzido no Brasil possa, de nossa parte, gerar excedentes de produção num período curto, e, do lado dos EUA, criar novas demandas no mercado daquele país - relatou.
João Tenório considerou como fator de preocupação o aumento do número de usinas de álcool no Brasil, verificado atualmente, sem uma correspondente abertura de mercados internacionais para o biocombustível. Ele observou também que a consolidação do mercado norte-americano para o álcool brasileiro somente será factível com a redução das tarifas cobradas na importação do produto. Atualmente, o governo americano cobra US$ 0,54 por galão de álcool importado do Brasil.
- O próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva, quando visitou os Estados Unidos no mês passado, foi informado que a redução das tarifas dependia do Congresso de lá. E como o presidente George W. Bush não está com uma relação, digamos assim, muito favorável com o Congresso, a retirada da taxação do álcool não deve acontecer agora - avaliou.
Na opinião do senador alagoano, o fato de a União Européia ter adotado medida que assegura em 20% a participação de combustíveis não fósseis em sua matriz energética até 2020, também não é garantia suficiente para o escoamento dos excedentes da produção brasileira de etanol.
17/04/2007
Agência Senado
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