JONAS PINHEIRO HOMENAGEIA MARECHAL CÂNDIDO RONDON



Ao registrar o aniversário de 134 anos de nascimento de Cândido Mariano da Silva Rondon, que transcorrerá nesta quarta-feira (dia 5), o senador Jonas Pinheiro (PFL-MT) opinou que se não fosse a atuação do Marechal Rondon, hoje não existiria mais índio no Brasil. Apesar disto, ele afirmou que a obra maior de Rondon foi ter sido um símbolo nacional da ética e da moral.- Rondon foi também um pioneiro mundial no campo dos direitos humanos, não meramente com palavras vazias ou retórica a ser negada na prática. Rondon foi exemplo para o mundo desenvolvido e foi reconhecido por entidades internacionais por seu trabalho, que deveria ser imitado em matéria de política indigenista - comentou Jonas Pinheiro.Para o senador pelo Mato Grosso, a criação do Serviço de Proteção ao Índio (SPI), depois transformado na Fundação Nacional do Índio (Funai), pelo Marechal Rondon em 1910, é uma demonstração de que ele sempre se preocupou com o que hoje é conhecido por direitos humanos, principalmente para proteger os mais fracos da sociedade.Jonas Pinheiro lembrou que Marechal Rondon se orgulhava de ser descendente dos índios Terena, Bororo e Guanás, por ser neto destes índios por parte das avós materna e paterna. O senador enumerou as qualificações de Rondon: antropólogo, etnólogo, sociólogo, geógrafo, sertanista, indianista, estadista, pesquisador, humanista e matemático.As homenagens a Rondon não foram prestadas só pelos brancos. Jonas Pinheiro disse que o marechal recebeu a maior distinção póstuma indígena: o Quarup (comemoração religiosa dos índios do Alto Xingu, que representa a passagem do espírito do morto para a aldeia celeste ou um retorno à vida em outra dimensão).Em aparte, o senador Tião Viana (PT-AC) lembrou que as ações do Marechal na área da saúde inspiraram depois de sua morte, a criação do Projeto Rondon, que durante algum tempo atendeu famílias carentes das regiões mais pobres do país. Já o senador Mozarildo Cavalcanti (PFL-RR) a Funai de hoje, ao contrário do SPI criado por Rondon, tem prestado desserviço aos índios do Brasil. Por este motivo ele propôs sua transformação em uma secretaria nacional, ligada ao Ministério da Justiça. Por sua vez, o senador Amir Lando (PMDB-RO) comentou que o país tem que render homenagens aos "heróis" brasileiros, cheios de nacionalismo e de amor à terra, como Rondon. Ao final do pronunciamento, em nome da Mesa, o senador Carlos Patrocínio (PFL-TO) desejou êxito no tratamento que Jonas Pinheiro se submeterá, uma cirurgia na coluna vertebral que o afastará por alguns meses dos trabalhos do Senado.

03/05/1999

Agência Senado


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