JONAS PINHEIRO LISTA ALGUMAS DAS BARREIRAS CONTRA PRODUTOS BRASILEIROS
O senador Jonas Pinheiro (PFL-MT) informou hoje (17) que os países do primeiro mundo aplicam em sua agricultura, anualmente, subsídios da ordem de US$350 bilhões, o que corresponde a cerca de 6 a 7 vezes o valor da produção agrícola brasileira. Ele mencionou algumas das barreiras que os produtos brasileiros enfrentam para entrar no Estados Unidos:
Suco de laranja - o importador norte-americano tem de pagar 8 centavos de dólar por litro de suco do Brasil.
Tabaco - há uma cota de 80,2 mil toneladas; acima disso, os Estados Unidos impõem taxa: para cada quilo importado a mais é cobrada uma tarifa de 69,5 centavos de dólar.
Açúcar - a cota é de 162,2 mil toneladas; e para cada tonelada excedente é cobrada uma taxa de US$286.
Frutas - as tarifas sobre as frutas variam de acordo com a época do ano. Por exemplo: sobre o melão, são cobrados 16,4% por unidade entre 1º de agosto e 15 de setembro; sobre a uva, a taxa de US$1,27 por oito quilos, fica 54% mais cara entre 15 de fevereiro e 31 de março; sobre o óleo de soja, é cobrada uma taxa de 20,8% em cima do valor da tonelada do produto.
Calçados - é cobrada uma taxa de 10% sobre o valor original do produto. No caso de outros calçados de couro, esse tipo de tarifa extra fica em 8,5%.
Têxteis - a alíquota é de 38% e mais 48,5 centavos de dólar por quilo de tecido.
Carnes - de boi e de porco. Os Estados Unidos não permitem a entrada do produto cru ou congelado. Alegam que o rebanho brasileiro tem febre aftosa e que o país ainda não está livre da cólera suína.
Carne de frango - o produto não entra nos Estados Unidos porque o nosso sistema de inspeção sanitária não tem a aprovação do Departamento de Agricultura norte-americano.
Camarão - é necessária uma certidão que autorize a exportação, cuja validade não passa de 12 meses.
17/03/1998
Agência Senado
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