Ministro argentino nega barreiras contra importações de produtos brasileiros



O ministro do Interior argentino, Florencio Randazzo, negou que o governo criará barreiras à importação de produtos brasileiros para proteger similares nacionais. Randazzo disse também que não recebeu reclamações do governo brasileiro sobre isso. "O Brasil e a Argentina estão juntos na Organização Mundial do Comércio (OMC) e vamos respeitar todas as normas que foram estabelecidas para que não haja nenhum tipo de problema com as importações, muito menos as do Brasil, que tem balança comercial favorável com a Argentina", afirmou o ministro nesta quinta-feira (27).

Pouco antes das declarações de Randazzo e Fernandez, a ministra argentina da Indústria, Débora Giorgi, já havia afirmado que o Brasil não apresentou qualquer reclamação formal sobre restrições à entrada de produtos brasileiros no país vizinho. De acordo com a Telam, agência de notícias oficial da argentina, por meio de um comunicado à imprensa a ministra disse que não tinha informações sobre caminhões brasileiros impedidos de cruzar a fronteira.

A ministra lembrou que o fluxo comercial entre o Brasil e a Argentina aumentou 48% no primeiro quadrimestre de 2010 em relação ao mesmo período do ano passado. A balança comercial registrou déficit de US$ 859 milhões para a Argentina. Segundo Débora Giorgi, entre janeiro e abril deste ano, as exportações para o Brasil totalizaram US$ 4,096 bilhões, o que significa 39% a mais do que no ano passado. As importações chegaram a US$ 4,955 bilhões, 57% a mais em relação a 2009.

O assessor especial da Presidência da República para Assuntos Internacionais, Marco Aurélio Garcia, classificou o assunto de “um problema residual, que se resolve". Na quarta-feira (26), em Brasília, o secretário de Comércio Exterior, Welber Barral, falou sobre o assunto, afirmando que o governo não tem confirmação oficial de qualquer intenção da Argentina de restringir a importação de produtos industrializados brasileiros, mas se isso acontecer serão tomadas medidas de retaliação. O secretário disse que "a orientação é dar reciprocidade. Nossa decisão será fundamentada".

No começo deste mês, a imprensa de Buenos Aires divulgou notícias sobre uma suposta determinação da Secretaria de Comércio do governo argentino instituindo barreiras para a importação desse tipo de produto no país, que entrariam em vigor a partir do próximo dia 1º de junho. O principal objetivo dessas barreiras seria proteger produtos argentinos similares.

Fonte:
Agência Brasil

 



22/07/2010 03:39


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