Jorge Viana afirma que CPI do Cachoeira fez um bom trabalho
Diante das críticas da oposição de que relatório final da CPI do Cachoeira, entregue aos parlamentares nesta quarta-feira (21) pelo relator, deputado Odair Cunha, teria sido limitado, o senador Jorge Viana (PT-AC) afirmou em Plenário que a CPI fez um bom trabalho e que o relatório foi isento. O senador garantiu ainda que a CPI não terminará em pizza.
- Eu vi hoje algumas pessoas perplexas. Ficaram perplexas, porque apostaram que isso seria uma pizza, que não daria em nada, que não se pediria o indiciamento de ninguém, que não se investigaria empreiteira nem dono de empreiteira, que não atingiria, de maneira suprapartidária, os que estavam sob suspeição – afirmou, citando os indiciamentos do governador de Goiás, Marcone Perillo (PSDB), do ex-prefeito de Palmas, Raul Filho, e do dono da construtora Delta, Fernando Cavendish.
Para Viana, o problema da CPI foi ter atravessado o período eleitoral e o julgamento do mensalão pelo Supremo Tribunal Federal, o que acirrou as disputas políticas. Mas o senador disse acreditar que a opinião pública está acompanhando o assunto e perceberá que o relatório do deputado Odair Cunha está longe de ser uma pizza – ele estaria, na verdade, ajudando o Brasil a enfrentar o problema da corrupção.
Jorge Viana citou como exemplo o fato de o relator ter pedido a investigação de 117 empresas que estariam envolvidas, direta ou indiretamente, em ações ilícitas. Ele disse ainda que não houve açodamento no pedido ao Conselho Nacional do Ministério Público de investigação do procurador-geral da República, Roberto Gurgel, já que havia inconsistência em alguns depoimentos ouvidos pela CPI sobre a Operação Vegas da Polícia Federal.
Em aparte, o senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) afirmou que a CPI perdeu a oportunidade de prorrogação, que permitiria a quebra de sigilo de empresas destinatárias de recursos da construtora Delta. A quebra levaria, segundo o senador, à identificação dos agentes públicos envolvidos com a empreiteira.
O senador disse concordar com o indiciamento de Perillo e Cavendish, mas afirmou ter “divergência frontal” com relação ao pedido de investigação de Roberto Gurgel.
21/11/2012
Agência Senado
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