JOSAPHAT MARINHO CRITICA DEMISSÕES EM MASSA NO EXCEL
O senador Josaphat Marinho (PFL-BA) disse hoje (dia 3) que, tendo beneficiado o Excel-Econômico com recursos do Proer, o governo não deve ficar alheio às demissões agora realizadas pelo banco. "É preciso que o governo tome conhecimento do assunto e interfira. Não se trata de negociação livre entre empresários e empregados", afirmou.
Josaphat Marinho lembrou que, quando da discussão dos projetos de incorporação do Nacional pelo Unibanco e do Econômico pelo Excel, uma das preocupações mais relevantes dizia respeito ao pessoal que trabalhava nessas instituições. "Em mais de uma oportunidade salientei que, recebendo favores do Proer, eles não deviam ficar livres para demitir funcionários", recordou.
Ele afirmou que os jornais da Bahia estão noticiando que 4 mil servidores já foram demitidos no Excel, 3 mil deles só na Bahia. Conforme salientou, o banco estaria fechando agências e transferindo atividades para outros estados. Os bancários estariam se reunindo para discutir o assunto, mas para o senador "o essencial é que o governo dê uma cobertura aos ameaçados de demissão, já que o banco recebeu recursos do Proer".
Josaphat explicou que, sem esses recursos, o Excel não teria adquirido o Econômico, daí ser injusto, a seu ver,que o banco agora faça demissões em massa de servidores. Na sua opinião, instituições que recebem favores do poder público são perfeitamente passíveis de interferência do governo quando atuam injustamente, como, assinalou, vem fazendo o Excel.
O senador disse que essas demissões agravam o desemprego em todas as regiões do país, inclusive nas mais desenvolvidas. Por isso, conforme frisou, "não é certo que o governo fique alheio a essa situação,que é grave e de extrema injustiça".03/03/1998
Agência Senado
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