JOSÉ AGRIPINO INSTALA SUBCOMISSÃO QUE OUVIRÁ DEPOIMENTO DE EDUARDO JORGE
Agripino encaminhou aos líderes partidários pedido de indicação dos sete senadores que comporão a subcomissão. Apesar de haver sido criada logo após a conclusão dos trabalhos da CPI do Judiciário, ela nunca foi instalada. Por causa da importância da apuração de denúncias de envolvimento de Eduardo Jorge com a liberação de verbas para a construção superfaturada do prédio do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) de São Paulo, o presidente da CCJ decidiu cancelar as indicações feitas anteriormente por ele mesmo e pedir aos líderes que confirmem os nomes previstos ou indiquem outros.
- Este é um assunto tão urgente que nem pode haver procrastinação por parte dos líderes na indicação dos componentes da subcomissão, nem por parte dos integrantes de eleger o presidente, nem por parte do presidente na convocação de Eduardo Jorge - afirmou José Agripino. Caso a decisão sobre a presença do ex-secretário na subcomissão fosse sua, adiantou o senador, Eduardo Jorge seria ouvido "o mais rapidamente possível".
A subcomissão será composta por três senadores do PMDB, dois do PFL, um do PSDB e um do Bloco Oposição. Ainda não há decisão sobre o nome do presidente e do relator. Mas Agripino lembra que, segundo a tradição da Casa, a indicação do presidente seria feita pelo PMDB, partido com maior número de representantes, e a do relator pelo PFL. Todos os componentes da subcomissão deverão ser integrantes da CCJ.
Para José Agripino, os trabalhos da subcomissão serão pautados pelo que Eduardo Jorge vier a dizer em seu depoimento. Dependendo do conteúdo das declarações do ex-secretário, ponderou o senador, começarão a se definir não só as próximas pessoas a serem ouvidas, como também a eventual necessidade de se instalar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar o caso.
- A subcomissão é o foro suficiente e apropriado para o momento, mas o que Eduardo Jorge disser é que vai determinar se poderá ou não se impor a idéia de uma CPI - previu Agripino.
Na quinta-feira passada, o presidente do Senado, Antônio Carlos Magalhães, defendeu a presença de Eduardo Jorge na subcomissão ainda em sua primeira semana de funcionamento. "Quanto antes, melhor", afirmou. Os integrantes da subcomissão deverão questionar Eduardo Jorge sobre suas ligações com o juiz aposentado Nicolau dos Santos Neto, o ex-presidente do TRT-SP, que está foragido e é o principal responsável pelas obras que consumiram um total de R$ 233 milhões. A subcomissão não contará com os poderes de uma CPI, como os de quebra dos sigilos bancário, telefônico e fiscal.
31/07/2000
Agência Senado
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