José Agripino: "Lula se vangloria de crescimento econômico pífio"
O senador José Agripino (RN), líder do PFL, afirmou da tribuna nesta quinta-feira (1o) que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva "se vangloria de um crescimento econômico pífio", de 1,4% no primeiro trimestre deste ano comparado ao último trimestre de 2005. Lamentou que o Brasil não esteja conseguindo atingir sequer o nível do crescimento mundial, que obteve nos últimos três anos a média de 4,75%, enquanto a média dos três anos de Lula é de 2,5%.
- Não quero nem comparar o crescimento do Brasil com o da China, que conseguiu 10,3%.A Índia, com todos seus problemas e 1 bilhão de habitantes, cresceu 9,3%. Poderíamos pelo menos ter mantido a média mundial, mas nem isso o governo Lula consegue. Perdemos os melhores momentos da bonança mundial - lastimou.
José Agripino entende que o Brasil não consegue "alçar vôo, a não ser vôo de galinha", porque está preso a um baixo investimento. Para ele, enquanto o Brasil não investir mais que 20% do Produto Interno Bruto (PIB) dificilmente nossa economia crescerá mais de 4% ao ano. Como o governo não consegue elevar a poupança interna, a solução seria a atração de poupança externa.
- Por que Lula, que é um conversador, um andarilho pelo mundo, não consegue convencer os investidores externos a aplicar no nosso crescimento? Porque ele não faz o dever de casa. E isso significa uma carga tributária decente, e nunca os 38% do PIB. Empresa estrangeira não leva investimento para um país que tem uma carga tributária deste tamanho, que come o seu lucro e a sua capacidade de crescer -alertou.
Agripino ponderou ainda que o dever de casa inclui a reforma tributária, "que está empacada na Câmara e não anda por falta de vontade política". Ele perguntou pelas reformas trabalhista e sindical prometidas pelo presidente Lula. Questionou ainda a intromissão do governo nas agências reguladoras, levando descrédito ao trabalho dessas instituições.
- Quem se arrisca a investir onde não há segurança regulatória, onde as agências têm a cada dia seu poder contestado pelo governo? - indagou.01/06/2006
Agência Senado
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