José Jorge acusa coordenação da campanha de Lula de praticar "terrorismo eleitoral"



O senador José Jorge (PFL-PE) acusou os coordenadores da campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à reeleição de "espalharem mentiras", num ato que chamou de "terrorismo eleitoral". Entre os boatos estaria a suposta intenção de Geraldo Alckmin, concorrente de Lula na disputa, de privatizar as estatais Caixa Econômica Federal, Petrobras, Banco do Brasil e Correios, acabar com o programa Bolsa-Família e não conceder aumento aos servidores públicos nem reajuste aos aposentados.

- O país está sendo tomado por boatos mentirosos que buscam prejudicar a candidatura da oposição. Trata-se de um verdadeiro terrorismo eleitoral, de uma tentativa desesperada de criar uma atmosfera de medo para assustar a população menos esclarecida - acusou o parlamentar, candidato a vice-presidente da República na chapa de Alckmin.

José Jorge cobrou do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) providências para coibir essa prática. Na avaliação do parlamentar por Pernambuco, os adversários estariam usando de má-fé para confundir o eleitorado.

O senador contestou ainda declarações da filósofa petista Marilena Chauí de que o candidato Alckmin pretenderia, inclusive, privatizar o ensino. Lembrou que a oposição no Congresso Nacional foi favorável ao Programa Universidade para Todos (Prouni), salientando que, se eleito, o ex-governador de São Paulo irá ampliar o programa.

Falta de explicações

José Jorge criticou ainda a mudança do depoimento do advogado Gedimar Passos, ex-integrante do comitê eleitoral do presidente Lula, na última terça-feira (10), ao isentar o ex-assessor da Presidência Freud Godoy de participar da negociação da compra do dossiê contra o governador eleito de São Paulo, José Serra.

- Um mês depois, vem negar o envolvimento de Freud, um dos principais assessores do presidente Lula. Esse desmentido não foi feito no momento correto - disse o senador, reiterando a falta de explicações convincentes sobre a origem dos R$ 1,7 milhão utilizados para a compra do dossiê.

Cartões corporativos

José Jorge acusou ainda o governo de utilizar indevidamente os cartões de crédito corporativos para gastos cuja origem até hoje não teria sido comprovada por auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU), que investiga irregularidades ocorridas em 2004. Cobrou do tribunal agilidade no resultado das investigações.

Lembrou que o uso dos cartões corporativos foi implementado pelo governo de Fernando Henrique Cardoso para dar maior transparência a pequenas despesas, mas teria sido deturpado pelo governo Lula, que as mantém sob sigilo, contrariando princípio constitucional de publicidade dos gastos públicos.



11/10/2006

Agência Senado


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