José Jorge acusa ministro Luiz Marinho de ser irresponsável por dizer que caseiro "foi inventado"
O senador José Jorge (PFL-PE), líder da Minoria, acusou da tribuna, nesta terça-feira (21), o ministro Luiz Marinho, do Trabalho, de ser irresponsável por ter feito declarações à imprensa "tentando envolver parlamentares com práticas criminosas". Marinho disse que os congressistas "inventaram um caseiro" no caso Palocci e ainda o treinaram.
José Jorge ressaltou que o ministro não apresentou nenhuma prova contra algum parlamentar que tivesse "inventado e treinado" o caseiro Francenildo Santos Costa. Por conta disso, o senador informou que pretende acionar novamente a Comissão de Ética Pública do governo, para que tome providências contra Luiz Marinho.
Recentemente, lembrou o senador, Luiz Marinho foi formalmente advertido pela Comissão de Ética por desacatar o senador Jorge Bornhausen. A comissão recomendou que oministro "deve observar o autocontrole, inclusive verbal", a fim de "resguardar a urbanidade e o respeito entre os agentes públicos".
José Jorge sustentou que o episódio da quebra de sigilo bancário do caseiro Francenildo "revela mais uma vez o caráter autoritário do governo Lula". Por isso, para o senador, não foi à toa que a mãe do caseiro pediu ao presidente Lula, em entrevista publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo, que "não faça nada" com o seufilho emande-o de volta ao Piauí.
Em aparte, a senadora Heloísa Helena (PSOL-AL) afirmou que Francenildocorre risco de vida, pois ele agora não quer mais a segurança da Polícia Federal nem pretende mais entrar no programa de proteção à testemunha. O caseiro tomou essas atitudes depois que seu sigilo bancário foi invadido "e ele perdeu toda confiança no aparelho do Estado".
Ao final de seu discurso, José Jorge disse que foi o presidente Lula quem "comandou a operação" que resultou na concessão de liminar, pelo Supremo Tribunal Federal, impedindo o depoimento do caseiro Francenildo Santos Costa.
- O presidente Lula também pode estar por trás da quebra de sigilo fiscal do Francenildo - opinou o senador.21/03/2006
Agência Senado
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