José Jorge acusa governo de "aparelhamento" da Petrobras
O senador José Jorge (PFL-PE) condenou nesta quarta-feira (26) em discurso o que classificou de "aparelhamento político" da Petrobras pelo governo do PT. Segundo afirmou, a recente saída do presidente da subsidiária BR Distribuidora, Luiz Rodolfo Landim Machado, ocorreu por pressão política do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que pretende por no lugar de Landim alguém mais afinado com as pretensões políticas do governo.
José Jorge disse que o presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, é militante com influência na base governamental e se afina com a meta de "aparelhamento" daPetrobras pelo governo.
- Ele é um petista autoritário e até participa como garoto-propaganda de um anúncio publicitário do partido na televisão, o que considero uma atitude indevida para um presidente da Petrobrás - reclamou o senador, observando que Gabrielli sequer é técnico, e ocupa um cargo em comissão por indicação política.
Em relação ao ex-presidente da BR, José Jorge lembrou tratar-se de um dos mais qualificados profissionais de engenharia na área de exploração de petróleo, um funcionário de carreira com 25 anos na estatal, tendo reconhecida participação nas prospecções que levaram à implantação da Bacia de Campos (RJ) e depois na instalação da própria BR Distribuidora, que opera, entre outras atividades, o gás combustível.
A suposta tentativa de "aparelhamento" da estatal também foi condenada pelos senadores Jefferson Péres (PDT-AM) e Rodolpho Tourinho (PFL-BA). Para Tourinho, se o critério para nomeações na Petrobras fosse técnico, Luiz Rodolfo Landim teria chegado à presidência da Petrobras.
Concluindo, José Jorge disse que conflitos internos gerados pelo gasto publicitário na campanha de auto-suficiência de petróleo possivelmente teriam contribuído para o afastamento do ex-presidente BR Distribuidora.
- Parece que ele não concordava que a propaganda da empresa fosse confundida com a propaganda do governo - acrescentou.26/04/2006
Agência Senado
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