José Jorge critica paralisação de obras em Pernambuco
A paralisação de obras no estado de Pernambuco, que dependem de recursos federais, foi criticada nesta quarta-feira (7) pelo senador José Jorge (PFL-PE), que responsabilizou o governo pelo momento difícil em que o estado se encontra. Ele disse que o novo governo -assumiu prometendo uma série de coisas ao povo brasileiro e não cumpriu nada até agora-. O senador afirmou que os projetos, nas áreas de transportes e de infra-estrutura hídrica, atendem à população mais necessitada, -mas não há perspectiva de liberação dos recursos já definidos no Orçamento Geral da União-. José Jorge enumerou as obras que estão paralisadas ou em vias de paralisação devido à contingência de recursos do Orçamento Geral da União. São dois trechos da BR-232, que ligam Recife a Caruaru e Caruaru a São Caetano. O senador explicou que o primeiro trecho não foi paralisado porque o governo estadual vem investindo mais de R$ 80 milhões para concluí-lo, sendo que ainda tem a receber R$ 36,1 milhões do Orçamento de 2002 e R$ 12 milhões de 2003. O segundo trecho foi concluído e o estado aguarda a liberação federal de R$ 35 milhões. Na área hídrica, continuou José Jorge, outras quatro obras de sistemas adutores, Jucazinho, Pajeú, do Oeste e do Pirapama, estão paralisadas e aguardam recursos orçamentários de 2002 e 2003 que somam R$ 79,3 milhões. Segundo ele, o sistema adutor de Jucazinho, que está quase concluído, poderia solucionar o problema de abastecimento de água por 50 anos em Caruaru. José Jorge informou que já foram investidos R$ 122 milhões nesta obra e para concluí-la seriam necessários apenas R$ 4,6 milhões, já contemplados no Orçamento 2003. A última obra enumerada pelo senador é o Aeroporto dos Guararapes, que tem definidos R$ 20 milhões no orçamento e consignados pela Embratur. O senador Garibaldi Alves (PMDB-RN) disse que o mesmo está ocorrendo no Rio Grande do Norte e citou a obra da termoelétrica Termoaçu, que foi paralisada, provocando a demissão de 500 pessoas. Ele ainda citou a adutora de Serra de Santana, que beneficiaria 20 mil pessoas e tem recursos US$ 100 milhões já liberados pelo Banco Mundial, mas que estão ameaçados de retornar para a instituição caso o governo federal não apresente a contrapartida.
José Jorge disse ainda que poderia entender as paralisações se não houvesse recursos, mas o governo Luiz Inácio Lula da Silva aumentou em 48% a meta de superávit primário já acertada pelo governo Fernando Henrique Cardoso com o Fundo Monetário Internacional (FMI). O senador lembrou que a meta combinada, de 3,75% do Produto Interno Bruto (PIB), foi redimensionada para 4,25% do PIB, o que significa menos recursos para investimentos.
07/05/2003
Agência Senado
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