José Nery critica demissão de líder sindical da Nossa Caixa
O senador José Nery (PSOL-PA) denunciou como "mais um ataque à liberdade e à autonomia sindical", nesta quarta-feira (18), a demissão de Dirceu Travesso, histórico líder bancário da Nossa Caixa, banco vinculado ao governo do estado de São Paulo, ocorrida no último dia 8 de maio. Para o parlamentar, demitir Travesso foi uma medida arbitrária, tomada sem nenhuma justificativa.
Militante sindical desde a época da ditadura militar, Dirceu Travesso foi ativista do movimento estudantil e um dosarticuladores da fundação do Partido dos Trabalhadores (PT) e da Central Única dos Trabalhadores (CUT) nos anos 80. Também ajudou a fundar o Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado (PSTU). Atualmente é dirigente da Conlutas (Coordenação Nacional de Lutas, composta por entidades sindicais, organizações populares e movimentos sociais, que tem como objetivo, conforme informado em sua página na Internet, organizar a luta contra as reformas neoliberais e o modelo econômico implantados pelo governo Lula).
- Dirijo-me ao governador José Serra, solicitando a reversão imediata desse ato, que, repito, atenta contra os direitos dos trabalhadores e contra os direitos constitucionais - apelou José Nery, recorrendo, em seguida, aos demais senadores para que intercedam em favor de Travesso junto a Serra. Conforme o parlamentar do PSOL, as centrais sindicais brasileiras já se manifestaram pedindo a imediata recondução de Dirceu Travesso às suas funções na Nossa Caixa.
Eleições Limpas
José Nery reservou parte de seu discurso ao lançamento da campanha da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), denominada "Campanha Eleições Limpas pelo Voto Livre e Consciente".
Na solenidade, foram lançadas duas cartilhas: uma, direcionada ao eleitor brasileiro, falando da sua contribuição para que o processo eleitoral seja o mais limpo e o mais consciente. A segunda cartilha é dirigida aos juízes brasileiros que irão coordenar o processo eleitoral em mais de três mil comarcas do país, nas quais serão realizadas audiências públicas no dia 26 de agosto.
Nessas audiências, a comunidade discutirá com o Poder Judiciário e com o Ministério Público Eleitoral a melhor forma de contribuir para que as eleições respeitem as normas legais.
18/06/2008
Agência Senado
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