José Pimentel elogia queda dos juros e defende redução em até três pontos percentuais




O senador José Pimentel (PT-CE), em discurso nesta quinta-feira (1º), comemorou a queda de meio ponto percentual na taxa Selic, conforme anunciou o Comitê de Política Monetária, que passou de 12,5% ao ano para 12%. Na opinião do parlamentar, o Brasil precisa diminuir ainda mais os juros para crescer, e tem espaço para reduzir esse valor em até três pontos percentuais.

Segundo disse, se juro alto combatesse a inflação, a taxa brasileira seria negativa, já que é a taxa de juros do país é a mais elevada do mundo. A Turquia, que tem a segunda maior taxa de juros do planeta, tem juros reais de 3%, metade da taxa real do Brasil, agora estimada em 6%. O senador disse ainda que é falso o argumento de quem diz que, se o Banco Central reduzisse mais ainda os juros, poderia haver fuga de capital no Brasil.

Na avaliação do senador, a queda de até três pontos percentuais na taxa de juros no Brasil geraria, anualmente, um ganho no pagamento dos serviços da dívida entre R$ 30 bilhões e R$ 35 bilhões, assinalou. Por isso, ele criticou quem defende a elevação da Selic como remédio para conter a inflação e se posiciona contrariamente ao viés de baixa para a taxa de juros, os financistas, como disse. Manter a taxa elevada tem impacto direto no serviço da dívida pública brasileira, pois a cada ponto percentual da taxa Selic, se aumenta na dívida em média R$ 11 bilhões ao ano.

- Todas as vezes que o Banco Central eleva um ponto percentual na taxa de juros, está dando R$ 11 bilhões para 12 mil financistas que vivem à custa da sociedade brasileira. Portanto, ao aumentarmos um ponto percentual, estamos tirando de 190 milhões de brasileiros, através de impostos, e doando para 12 mil pessoas que são os financistas no Brasil - disse.

A redução de um ponto percentual, que fosse, na Selic, ainda em 2011,já traria reduções nos pagamentos de juros, sem necessitar sacrificar os investimentos públicos de que o Brasil tanto necessita, salientou o senador.



01/09/2011

Agência Senado


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