JUCÁ ALERTA PARA PERIGO DO EFEITO ESTUFA NA ATMOSFERA



Os perigos da poluição atmosférica, em especial o efeito estufa em conseqüência da dissolução da camada de ozônio pelo gás carbônico, levaram o senador Romero Jucá (PSDB-RR) a fazer um alerta para a necessidade de medidas preventivas por parte das autoridades ambientais brasileiras e internacionais. O efeito estufa é provocado pela absorção da radiação solar que, aquecendo a superfície do planeta, produz irradiação que permanece nas camadas atmosféricas interiores, elevando, em conseqüência, a temperatura.

A Conferência do Japão, que discutiu o assunto, indica, na avaliação de Jucá, um futuro mais alentador. No entanto, salienta, a sociedade precisa estar atenta ao problema. Ele observou que, apesar dos alertas da comunidade científica a respeito de uma iminente catástrofe ecológica, as necessidades do modelo consumista da vida atual têm produzido gás carbônico em velocidade crescente.

Segundo Jucá, desde 1998, quando promoveu o primeiro Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática, a ONU vêm investindo esforços intelectuais e financeiros na discussão sobre o problema da qualidade do ar e das conseqüências do efeito estufa sobre a humanidade. Dois anos depois, os cientistas produziram um relatório que previa a duplicação do nível de gás carbônico em 100 anos, aumento na temperatura média global em 1,5ºC a 4,5ºC, secas devastadoras, grandes enchentes, tornados, ciclones, maremotos e proliferação de insetos.

O senador lembrou também que são os países industrializados os responsáveis por 70% dos gases emitidos no planeta e, por isso, deveriam assumir o maior compromisso com a causa ecológica.

- Nessa linha, a Convenção de 92 estabelecia que, por razões históricas, os países industrializados deveriam fixar, para o ano 2000, um volume de emissões não superior ao nível verificado em 1990. No entanto, pressionado pelo lobby das indústrias de petróleo, carvão e automóveis, o famigerado G-7 (grupo dos sete países mais ricos) sabotou o acordo, exigindo que os países emergentes também fossem submetidos às mesmas limitações. Resultado: o acordo do Rio (ECO 92) não saiu do papel, restringindo-se ao plano das boas intenções - explicou

26/10/2000

Agência Senado


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