Jucá cobra ações efetivas para preservação das reservas de água doce



A preservação dos mananciais de água doce foi defendida pelo senador Romero Jucá (PMDB-RR). Ele conclamou os governantes a saírem da -inércia política- e adotarem políticas efetivas e permanentes de combate ao desperdício, à poluição, ao desmatamento e ao assoreamento dos rios para uma melhor gestão dos recursos hídricos. Essas medidas, disse o senador, são urgentes e necessárias à sobrevivência das futuras gerações.

Jucá lembrou resolução das Organizações das Nações Unidas (ONU), respaldada por 148 países, que declarou 2003 como o Ano Internacional da Água Doce, com o objetivo aumentar a consciência sobre a importância da proteção e do gerenciamento da água no planeta.

O senador citou relatório da Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco) que adverte para a escassez de água no mundo, pois os mananciais do planeta estão sendo reduzidos pela poluição crescente e pelo aquecimento global. O relatório prevê a redução das reservas mundiais de água doce em cerca de um teço nos próximos 20 anos, deixando claro que não haverá água suficiente para a agricultura, que consome 70% da água doce no mundo.

O senador lembrou que a poluição industrial e os dejetos humanos lançados nos rios e mares são a base da crise da água, tanto no Brasil como em todo o mundo. De acordo com Jucá, estima-se que haja 12 mil quilômetros cúbicos de água contaminada no mundo, quantidade essa maior que o total existente nas dez maiores bacias hidrográficas do planeta. Ele salientou que se o ritmo de contaminação não se alterar, este número pode chegar a 18 quilômetros cúbicos em 2050, quando a população mundial será de 9,3 bilhões de pessoas.



18/06/2003

Agência Senado


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