Patrocínio cobra ações efetivas para melhorar educação do país



O senador Carlos Patrocínio (PTB-TO) chamou a atenção para a baixa qualidade do ensino infanto-juvenil e criticou o ritmo lento com que o país tem avançado nos demais setores sociais. Ele disse que, apesar de o governo ter conseguido elevar o número de matrículas, estudos recentes demonstram que o índice de repetência no ensino básico é alto e o nível de aprendizado, baixo.

Patrocínio citou relatório elaborado pelo Fundo das Nações Unidas para Infância (Unicef), intitulado "Situação da Infância Brasileira - 2001", que, segundo o senador, faz um "cuidadoso retrato do quadro das crianças". O estudo mostra que 97% das crianças brasileiras em idade escolar estão matriculadas no ensino fundamental, mas indica também que as taxas de evasão e repetência estão entre as maiores do mundo. O senador acrescentou que dados do próprio Ministério da Educação registram que no ano de 1997 a repetência na primeira série foi de quase 40%.

- Essa é uma marca vergonhosa e, em algumas regiões mais pobres, esse índice foi superior a 60% - destacou Patrocínio.

O senador acrescentou que, em teste internacional de proficiência do nível médio realizado recentemente entre estudantes de 32 países, o Brasil ficou em último lugar, e que o Exame Nacional de Ensino Médio (Enem) deste ano indicou queda da pontuação dos alunos em relação aos dois últimos resultados.

A atuação governamental em relação à saúde infantil foi, no entanto, elogiada pelo senador, que ressaltou a redução dos índices de mortalidade infantil. Ele observou, porém, que as taxas ainda estão muito acima da capacidade econômica do país.

- Penso que o Brasil não pode estender por mais tempo esse quadro. Estou convencido de que somente políticas públicas bem estruturadas, articulando os distintos setores do governo federal, estaduais e municipais poderão responder ao imenso desafio que temos de enfrentar. Fora disso, não há salvação. Estaremos eternamente condenados a ser o país do futuro, um futuro que jamais se atinge, destroçando vidas e estiolando qualquer perspectiva de esperança - concluiu Patrocínio.

19/12/2001

Agência Senado


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