Jucá cobra combustíveis mais baratos e liberação de dissidentes em Cuba



Em nome da liderança do PSDB, o senador Romero Jucá (RR) dirigiu cobranças e protestos em Plenário, nesta segunda-feira (28), ao governo Luiz Inácio Lula da Silva. Inicialmente, reivindicou a -prometida- redução no preço dos combustíveis, protestando, em seguida, contra a prorrogação no prazo previsto para a auto-suficiência do país na produção de petróleo. Criticou ainda a decisão do governo brasileiro de se abster de votar uma moção de repúdio à repressão perpetrada pelo governo cubano a dissidentes do regime de Fidel Castro.

Na ocasião, Jucá observou que há mais de 15 dias vem cobrando a baixa no preço dos derivados de petróleo, cujos reajustes costumam se seguir à alta do dólar ou do preço do barril no mercado internacional. Como essas cotações sofreram sucessivas quedas no período, não se justificaria, portanto, a manutenção do valor cobrado pelos combustíveis. O senador tucano informou que o presidente da Petrobras, José Eduardo Dutra, já admitiu reduzir o preço da gasolina, mas não deu prazo para isso.

Ainda sobre a Petrobras, Romero Jucá condenou o adiamento da meta para o país alcançar a auto-suficiência na produção de petróleo, transferida de 2005 para 2007. Essa prorrogação seria motivada pelo atraso na entrega, pela indústria nacional, de plataformas de prospecção do mineral. Embora considere importante o processo de nacionalização dessas plataformas, adverte que isso não pode servir de pretexto para adiar a auto-suficiência, sob pena de onerar a balança comercial.

Romero Jucá também contestou a omissão do governo brasileiro ao se recusar a declarar, perante fórum internacional, o repúdio formal à prisão de 78 dissidentes do regime castrista e à execução de três cidadãos que tentavam fugir da ilha. Em encontro com o embaixador de Cuba no Brasil, Jorge Lescano, senadores brasileiros protestaram contra essa agressão e se dispuseram a montar uma comissão para negociar a soltura dos presos políticos com o governo cubano.

- Não somos a favor do bloqueio econômico nem do isolamento, mas, com isso, Cuba se isola e cria desculpa necessária para esse tipo de ação - ponderou.



28/04/2003

Agência Senado


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