JUCA KFOURI CONSIDERA ABSURDO CONTRATO DA TRAFFIC COM A CBF
Para Kfouri, é desnecessária a participação da Traffic para negociar os direitos de imagem da Seleção Brasileira de futebol. Ele disse que a empresa, de propriedade de J. Ávila, amigo de Teixeira, tem uma relação "promíscua" e "anti-ética" com a CBF.
- Apenas uma semana após ganhar, por U$S 4 milhões, o direito de negociar a imagem da seleção durante a Copa, a Traffic vendeu, pelo dobro do preço, à Coca-Cola. Isto prova que não é preciso intermediários - disse. Ele também criticou a Justiça Desportiva.
Em resposta ao senador Geraldo Althoff (PFL-SC), relator da CPI, Kfouri revelou que tem indícios de que a "embaixada" do futebol, denunciada por Renata Alves, ex-secretária do técnico Wanderley Luxemburgo, continua funcionando em outros endereços. Kfouri disse também que a figura do intermediário, que negocia os jogadores entre os clubes, é desnecessário e serve apenas para remunerar dirigentes e empresários do futebol. Ele lançou suspeitas sobre a "doação", feita pela Federação Paulista ao Corínthians, do passe de Marcelinho Carioca.
Indagado pelo senador Gilvan Borges (PMDB-PA), o jornalista negou que em algum momento tivesse interesses pessoais contrariados pelo presidente da CBF, ou que a entidade desportiva tenha sido anunciante da revista Placar, da qual foi editor. Kfouri disse que passou a ser processado por Texeira por causa de suas matérias criticando a administração do dirigente.
Ele criticou ainda a Justiça Desportiva e concordou com o senador Geraldo Cândido (PT-RJ), para quem os desmandos no futebol brasileiro têm prejudicado a atuação dos jogadores. Kfouri entregou documentos à CPI, contendo diversas denúncias sobre irregularidades no futebol. Os senadores José Eduardo Dutra (PT-SE), Romeu Tuma (PFL-SP) e Ney Suassuna (PMDB-PI) preferiram fazer suas indagações na sessão secreta.
21/11/2000
Agência Senado
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