Jucá nega envolvimento do governo em ação da PF
Em nome da liderança do governo, o senador Romero Jucá (PSDB-RR) expressou em Plenário, nesta sexta-feira (8), seu repúdio a "provocações ou insinuações" de que o governo teria orientado a operação da Polícia Federal feita na empresa Lunus, de propriedade da governadora do Maranhão, Roseana Sarney - candidata do PFL à sucessão presidencial -, e de seu marido, Jorge Murad.
"Não estou aqui para retaliar ou ampliar um enfrentamento desnecessário, mas para registrar mais uma vez que o presidente Fernando Henrique não tomou conhecimento do fato antes de ele acontecer", declarou. Segundo o senador, Fernando Henrique Cardoso estava no Palácio da Alvorada (residência oficial do governo) quando foi informado da operação pela governadora do Maranhão. Em seguida, o presidente teria entrado em contato com integrantes do governo para obter informações sobre a ação da PF.
Romero Jucá considerou "lamentável" o episódio ocorrido na empresa Lunus, mas observou que alguns parlamentares e partidos "têm tentado agudizar uma crise entre o PFL e o PSDB que não deve existir", aludindo aos reflexos do caso sobre as eleições de 2002. Se a tendência é a de que PFL e PSDB lancem candidaturas próprias à presidência da República, Jucá acredita que, no segundo turno, a união será retomada e o "compromisso com o Brasil vai prevalecer".
Na opinião do senador, a tentativa de transformar um fato isolado em político tem o objetivo de desgastar a imagem do presidente Fernando Henrique e do pré-candidato tucano ao Palácio do Planalto, senador José Serra (PSDB-SP). "A questão eleitoral deve ser colocada em alto nível", afirmou Jucá, reiterando que tem respeito pelo PFL e crê que o partido vá continuar agindo com responsabilidade e em sintonia com os rumos demandados pelo país.
08/03/2002
Agência Senado
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