Jucá pede à Petrobras que baixe preço do gás
O senador Romero Jucá (PMDB-RR) pediu nesta sexta-feira (23) ao presidente da Petrobras, o ex-senador José Eduardo Dutra, que tenha firmeza em sua luta para que as distribuidoras concordem em baixar o preço do botijão do gás de cozinha.
- Dutra disse em entrevista que o preço pode cair até R$ 10 por botijão, desde que as distribuidoras estejam dispostas a reduzir um pouco seus ganhos. Com isso, o botijão cairia de R$ 32 para R$ 22 - observou.
Jucá leu em Plenário notícia publicada pelo jornal O Globo, segundo a qual o presidente da Petrobras diz que vem enfrentando oposição das distribuidoras, que não querem diminuir seus lucros. Conforme a matéria, da queda de R$ 10, exatamente R$ 6 sairiam da Petrobras e os outros R$ 4 das distribuidoras.
Desde que os preços do petróleo caíram, após o fim da guerra do Iraque, Romero Jucá vem reivindicando em discursos a redução dos preços dos combustíveis. -Toda vez que o dólar ou o petróleo sobe, usam isso para aumentar os preços dos combustíveis-, observou o senador. -Agora que já caiu há muitos dias, está na hora de baixar os preços, é uma questão de coerência-.
Ainda no mesmo pronunciamento, Romero Jucá propôs que o relator da proposta de reforma da Previdência Social na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, deputado Maurício Rands (PT-SE), inclua no texto o subteto salarial para os governos estaduais, que seria baseado no salário do governador.
O senador lembrou que, à época em que foi relator da reforma administrativa no governo passado, tentou implantar o subteto, mas não conseguiu levar a idéia à frente. Os governadores querem um subteto de R$ 12 mil, disse. Assim, os governos estaduais não teriam problemas na Justiça ao cortar altos salários de servidores ou aposentados estaduais, especialmente em seus quadros policiais, os quais conseguiram durante anos elevar seus ganhos graças à incorporação de gratificações de chefia ou comando - incorporação que não existe mais desde o governo passado.
- Não podemos mais continuar com uma diferença de até 200 vezes entre o menor e o maior salário no funcionalismo. Nos países desenvolvidos, essa diferença não passa de 12 vezes. Nós apoiaremos o relator nessa emenda - disse Jucá.
23/05/2003
Agência Senado
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