JUIZ ENVOLVIDO NO CASO ENCOL DEPÕE QUARTA-FEIRA NA CPI
A CPI do Judiciário ouve nesta quarta-feira (dia 18), a partir das 10h, o juiz Avenir Passo de Oliveira, titular da Vara de Falências e Concordatas de Goiânia, acusado de irregularidade na condução da falência da Encol por quatro advogados, que prestaram depoimentos à comissão no último dia 4. Segundo os depoentes, Sérgio Mello da Paixão, Paulo Roberto Vianna Martins, Neiron Cruvinel e Waldomiro Azevedo, que atuam na Vara de Falências, o juiz passou a apresentar sinais exteriores de riqueza depois de ter assumido o caso da construtora. Segundo Azevedo, o juiz, que em 1984 declarava ser proprietário de um carro e um sítio em Goiânia, hoje tem uma mansão, um prédio comercial em Goiânia e um condomínio em Trindade (GO). Azevedo, que encaminhou suas denúncias também à Corregedoria Geral de Justiça e ao Ministério Público de Goiás, relatou que o juiz ignorou a lei falencial que determina que o comissário e o síndico da concordata devem ser escolhidos entre os dois maiores credores da empresa, desde que sejam pessoas de reputação ilibada. Segundo os depoentes, depois de aceitar a transferência da sede da empresa para Goiânia e o pedido de concordata, o juiz teria nomeado pessoas que não estariam credenciadas, permitindo que o patrimônio da empresa fosse mal calculado, mal administrado e desviado.
13/08/1999
Agência Senado
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