Juro deixa inflação sob controle, afirma Fipe








- Juro deixa inflação sob controle, afirma Fipe

- Pressionados pela escalada do dólar, os alimentos continuam a puxar para cima a taxa de inflação. Nos últimos 30 dias completados no dia 15 deste mês, os preços subiram em média 0,89%. A taxa deve recuar, mas outubro deve terminar com elevação de 0,80%.

O câmbio continuará a pressionar os preços, mas a inflação não deve fugir do controle.

Segundo a Fipe, a preocupação do Governo em manter as metas inflacionárias e a perda do poder de compra dos consumidores devem inibir os reajustes acelerados dos preços.

"O aumento da taxa de juros para 21% não freia a inflação, mas ajuda a contê-la", diz o economista Juarez Rizzieri, da Fipe. Para o ano, a previsão é de inflação de 5,5%. (pág. 1 e B5)
- O embaixador da Venezuela no Brasil, Vladimir Villegas, acusou o candidato do PSDB à Presidência, José Serra, de realizar uma "campanha sistemática" contra seu país e de "estar ajudando, sem querer, os setores que querem acabar com a democracia venezuelana".

"Serra precisa vir conversar comigo, porque ele não sabe nada do que está acontecendo". Serra tem dito que o Brasil pode virar uma Venezuela se Lula for eleito. (pág. 1 e cad. Especial, pág. 1)
- O coordenador do programa de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Antônio Palocci, disse no Rio Grande do Sul que um eventual governo petista vai rediscutir os acordos de financiamento das dívidas dos estados e municípios com a União.

De acordo com o petista, pode haver uma redução do percentual de receitas comprometido com o pagamento da dívida - atualmente em 13% -, "dentro de um processo global de ajuste fiscal". (pág. 1 e cad. Especial, pág. 4)

- As verbas destinadas a gastos sociais aumentaram 20% na administração FHC. O crescimento, porém, foi menor que o aumento das receitas correntes do Governo, de 31%.

O candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) propõe redestinar as verbas já existentes e criar o Conselho de Desenvolvimento Social.

José Serra (PSDB) quer manter a prioridade aos programas de suplementação de renda. (pág. 1, cad. Especial, pág. 8 e 9)

- A Argentina colocou em alerta suas forças de segurança na área da tríplice fronteira com o Brasil e Paraguai por temer que grupos terroristas planejem um atentado na região.

Relatórios da agência de inteligência de Israel divulgados pelo jornal "Clarín" alertam sobre movimentos da rede Al-Qaeda e do grupo extremista islâmico Hizbollah em Ciudad del Este (Paraguai). (pág. 1 e A10)

- O déficit comercial dos EUA subiu 9,7% de julho para agosto e atingiu US$ 38,46 bilhões, o maior valor nominal já registrado pelo país. O aumento no preço do petróleo e o crescimento na importação de produtos como roupas, brinquedos e eletrônicos foram as principais causas do resultado.

As importações cresceram 2% em agosto, para US$ 120,32 bilhões, o nível mais alto em 17 meses. Para alguns analistas, isso mostra que os EUA estão crescendo. Para outros, o crescente déficit da balança torna o país mais dependente de investimentos externos. (pág. 1 e B6)

- O Vaticano rejeitou a proposta apresentada por uma comissão de bispos norte-americanos de adotar uma política de tolerância zero contra padres suspeitos de praticar pedofilia.

Para o Vaticano, que chamou os abusos de "abomináveis", as propostas - como a remoção imediata de suspeitos - violam o princípio da presunção da inocência e dificultam um julgamento justo. (pág. 1 e A12)


Colunistas

PAINEL

As tendências de esquerda do PT iniciaram uma série de reuniões a fim de decidir se aceitarão participar de eventual governo Lula e de estipular prazos para que o petista, na Presidência, adote modificações na política econômica do País.

  • Os dirigentes da esquerda pretendem anunciar uma posição conjunta após a eleição, mas há muitas divergências. Uns acham que é fundamental integrar o governo para "brigar por dentro". Outros, que é melhor ficar de fora até terem certeza de qual será a "cara" do governo Lula.

  • Comum nas tendências de esquerda do PT - que representam 30% do partido - é o descontentamento com as alianças de Lula e com alguns compromissos assumidos pelo petista - como o acordo com o FMI. Até a eleição, porém, vai vigorar um pacto de silêncio.

  • A disposição da cúpula do PT é a de entregar um ministério e cargos de segundo escalão para as tendências de esquerda. (pág. A4)


    Editorial

    UE EM JOGO

    Nada é mais precioso nos mercados financeiros que o respeito às "regras do jogo". Numa negociação de dívida externa ou na avaliação de risco crédito de países, austeridade compra confiança.

    Pouco importa que os desequilíbrios de empresas ou de contas públicas tenham como origem não a irresponsabilidade ou o populismo, mas a instabilidade da própria economia ou a mudança de humor dos mercados. Romper as regras da prudência ou falhar no cumprimento de metas fiscais e financeiras é fatal. (...) (pág. A2)


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    10/19/2002


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