Controle da inflação e de fluxo de capitais estrangeiros são prioridade para o BC, afirma Tombini



O Banco Central do Brasil estabeleceu como prioridade de curto prazo o controle da inflação, com convergência para o centro da meta (4,5%, em 2012), e do fluxo de capitais estrangeiros que entram no país. A informação foi apresentada nesta terça-feira (26) pelo presidente da instituição, Alexandre Tombini, durante a 37ª Reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), realizada no Palácio do Planalto.

De acordo com Tombini, o cumprimento dessas metas levarão o Brasil a manter o crescimento econômico e o desenvolvimento social sustentável. Para isso, completou, o BC aposta em uma série de medidas macroprudenciais, como a recomposição nos níveis de compulsório, aumento de requerimento de capital para operações de crédito de maior risco e aumento do IOF, visando conter a expansão do crédito.

“A crise mostrou a necessidade de atuar com esses instrumentos para conter os riscos financeiros e permitiu o crescimento sustentável do sistema financeiro, mas sobretudo da economia global. Elas visam assegurar a estabilidade econômico-financeira. Nós temos reconhecido isso – não é só o Brasil que reconhece – que elas têm efeito sobre a demanda agregada (…), contribuindo para o controle da inflação”, declarou.

Para Tombini, a revisão da projeção do mercado para a inflação deste ano, divulgada nessa segunda-feira (25) pelo Boletim Focus, reforça a necessidade de o governo trabalhar para reverter a elevação de preços. Assim como o ministro Guido Mantega, o presidente do BC afirmou que a expectativa de alta na inflação é global.

Ele informou, também, que o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC aumentou pela terceira vez consecutiva desde o início do governo da presidenta Dilma Rousseff a taxa básica de juros – a taxa Selic -- que passou na última semana do patamar de 11,75% para 12% ao ano.

“Certamente o Brasil tem sido um dos países mais ativos no enfrentamento da pressão inflacionária. A nossa taxa de política tem sido ajustada, não porque nós gostemos, mas porque nós precisamos, de modo a fazer com que esse excesso de demanda seja eliminado e convirja a economia para uma trajetória de equilíbrio maior, com crescimento de fato, porém que seja mais tendente a nos entregar à inflação no centro da meta em 2012, em 4,5%”, afirmou.

Alexandre Tombini afirmou que o BC manterá a política de intervenções e que continuará, junto ao governo, com todo esforço necessário para que a inflação alcance a meta de 2012.


Fonte:
Banco Central

 

26/04/2011 19:00


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