Juvêncio da Fonseca defende manutenção do porte de arma



A manutenção da Lei nº 9437, que criou o Sistema Nacional de Armas, foi defendida nesta segunda-feira (dia 25) pelo senador Juvêncio da Fonseca (PMDB-MS). Ele considera esta uma boa lei pois permite o registro e o porte de arma desde que atendidos certos requisitos. Na opinião do senador, impedir que o cidadão tenha o direito de possuir uma arma para sua defesa não vai resolver o problema da violência no país. Ele afirmou que o crescimento do crime dá-se em razão, principalmente, da desigualdade social, da falta de uma boa distribuição de renda, da pobreza que grassa na periferia das cidades.

A seu ver, outra causa de violência seria a negligência do Estado, que não realiza um trabalho ordenado de segurança pública, que seja confiável à população. Juvêncio disse que existe, de um lado, uma infra-estrutura econômica perversa e, de outro lado, um estado desaparelhado.

- Desarmar o povo não vai acabar com a situação de pobreza e com a miséria do país. Entendo que precisamos fazer com que o povo tenha o direito de se defender da violência que está aí na rua, a qualquer instante, na esquina, na padaria, dentro do carro, em todos os lugares, enquanto o Estado não nos dá tranqüilidade - afirmou o senador.

Juvêncio da Fonseca contestou as afirmações de que o aumento da violência estaria diretamente relacionado com o uso das armas pela população. A seu ver, não existe relação entre a venda e o porte legal de armas com o aumento da violência. Citou estatísticas que demonstram ter havido uma redução das vendas de armas a partir de 1998 enquanto os índices de violência registram crescentes aumentos no mesmo período.

Em aparte, o senador Ademir Andrade (PSB-PA) disse considerar uma verdadeira demagogia os projetos que restringem a posse de armas. "Numa sociedade como a nossa o cidadão tem que ter o direito de se proteger", afirmou Andrade.

Também o senador Moreira Mendes (PFL-RO) manifestou-se contrário à proposta. Disse que se está querendo "tapar o sol com a peneira" pois a lei não vai resolver o problema da violência.

- Vai ser mais uma lei destinada a não pegar. A legislação hoje é mais que suficiente e, além do mais, bandido não precisa de lei pois tem as armas que quer, rouba até arma do exército - disse o senador.

25/06/2001

Agência Senado


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