Kátia Abreu cita pesquisa indicando que carentes gastam mais com CPMF indireta



A senadora Kátia Abreu (DEM-TO), em discurso no Plenário há pouco, citou pesquisa elaborada pela Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) dizendo que o brasileiro que ganha dois salários mínimos, depois de fazer suas compras no supermercado ou de comprar remédios e roupas, deixa R$ 387 em impostos indiretos, o que representa 51% de seu salário.

Já quem ganha R$ 2.700, ao gastar na padaria ou no açougue, deixará R$ 760, ou 33% de seu salário, o que derruba a tese do governo de que "paga mais CPMF quem é rico". Com esses argumentos, ela defendeu a rejeição da Proposta de Emenda à Constituição (PEC 89/07) que prorroga a cobrança da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) até 2011.

- Imposto não pode custar o sangue do brasileiro, só o suor - declarou.

A senadora pediu que seja votada uma proposta de reforma tributária e ressaltou que a cada redução de um ponto percentual na carga tributária, cria-se um milhão de novos empregos. O fim da CPMF, disse, gerará cerca de 500 mil novos postos de trabalho.

Ela também observou o estado crítico da saúde brasileira e avaliou que, com o fim da CPMF, não faltará dinheiro para o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), já que havia R$ 16 bilhões disponíveis, mas o governo só utilizou R$ 3 bilhões.

- O problema desse governo não é falta de dinheiro, é falta de competência, é falta de gerência - afirmou.



12/12/2007

Agência Senado


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