Kátia Abreu comunica renúncia das confederações patronais ao Codefat



As Confederações Nacionais da Indústria (CNI), do Comércio (CNC), do Sistema Financeiro (Consif) e da Agricultura protocolaram na Presidência da República um documento solicitando a publicação de um decreto retirando estas quatro organizações patronais do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat). A senadora Kátia Abreu (DEM-TO) atribuiu a decisão à manobra que o ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, teria patrocinado para eleger um presidente para o Codefat de sua confiança.

A senadora explicou que desde 1990, quando o Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) foi criado, existe em seu regimento dispositivo que prevê a alternância na presidência do Codefat. Durante dois anos os patrões ocupam a presidência, no biênio seguinte esse direito passa a ser dos trabalhadores. No começo desse mês terminou o mandato do presidente indicado pelos trabalhadores.

Em reunião realizada no final de julho, informou Kátia Abreu, as seis confederações patronais se reuniram e decidiram, por unanimidade, que caberia à Confederação Nacional da Agricultura (CNA) indicar o próximo presidente do Codefat. Porém, supostamente incentivadas pelo ministro Lupi, duas confederações recém-criadas romperam este acordo e elegeram, com o apoio de representações dos trabalhadores, o presidente da Confederação Nacional de Serviços, Luigi Nesse, para a presidência do Codefat.

- O ministro Carlos Lupi abriu uma dissidência na CNC, que é a Confederação do Comércio, para fabricar duas confederações chapa-branca, retornando há muitos anos, quando o peleguismo imperava neste país e os sindicatos eram criados pelo Ministério do Trabalho para fazer o que bem quisessem, para que não houvesse defesa do trabalhador e nem das classes patronais - afirmou Kátia Abreu.

A decisão tomada pelas quatro confederações, de deixar o Codefat, tem como objetivo evitar que elas participem do que consideram uma farsa. Kátia Abreu também alertou sobre a possibilidade de serem promovidas "falcatruas" com o dinheiro dos trabalhadores. Ela pediu ao Tribunal de Contas da União (TCU), à sociedade e aos demais parlamentares que se mantenham vigilantes para evitar a manipulação dos recursos do FAT.



05/08/2009

Agência Senado


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