Kátia Abreu defende políticas de longo prazo para suprir demanda por produtos agrícolas



Em pronunciamento nesta quarta-feira (4), a senadora Kátia Abreu (DEM-TO) fez uma análise da escala ascendente dos preços dos alimentos no mundo e alertou o governo brasileiro para importância do estabelecimento de políticas de longo prazo voltadas para suprir a demanda por produtos agrícolas no planeta. Isto permitiria que a crise global iniciada nos Estados Unidos trouxesse lucros ao país, disse a senadora, que se reportou à matéria da revista Vejadesta semana sobre o assunto.

Kátia Abreu afirmou que uma das razões para a crise no setor de alimentos foi o fracasso da especulação imobiliária nos Estados Unidos, que levou especuladores americanos a migrarem seus investimentos para o setor de commodities - produtos básicos da agricultura e pecuária, minerais e da indústria - do mundo todo, elevando o preço no mercado financeiro futuro das ações do agronegócio.

Outro fator apontado pela parlamentar como causador da crise dos alimentos foram os problemas climáticos enfrentados em grandes países produtores, como a Ucrânia e a Austrália, que perderam parte de suas safras. A senadora atribuiu a crise também ao aumento do preço do barril de petróleo, "que gerou aumento excessivo nos preços dos fertilizantes"; e ainda ao aumento do plantio de milho nos Estados Unidos para a produção de etanol, o que reduziu a área agricultável para alimentos.

Reiterando a necessidade da inserção do Brasil nessa oportunidade decorrente da crise mundial, que considera profícua para o país no futuro próximo, Kátia Abreu citou dados relativos à futura demanda por alimentos no planeta.

- Nós estamos vendo que a população mundial, hoje de cerca de 6,2 bilhões de pessoas, em 2025 terá aumentado para 8 bilhões. Portanto, nós passaremos de uma demanda de alimentos de 2,5 bilhões de toneladas para quase 4 bilhões. O Brasil, inevitavelmente, terá de ampliar sua produção de alimentos, uma vez que haverá maior demanda por proteínas das carnes de frango, bovina e suína, do leite animal e da soja, setores condizentes com a grande área agricultável disponível no Brasil - sustentou.



04/06/2008

Agência Senado


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