Kátia Abreu enaltece relatores por reconhecerem importância do produtor rural no Código Florestal
A senadora Kátia Abreu (PSD-TO) exaltou o trabalho de seus colegas empenhados na aprovação do projeto de Código Florestal nesta quinta-feira (24) na Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle (CMA), em especial os relatores Luiz Henrique (PMDB-SC) e Jorge Viana (PT-AC). Para a senadora, houve um reconhecimento de que o produtor rural e o agronegócio são muito importantes para o país, e isso foi feito de maneira democrática, tendo sido dada oportunidade de manifestação aos diversos lados envolvidos com o tema.
- É o entendimento democrático de que essa matéria vai continuar sendo estudada, vai continuar sendo pesquisada pela nossa academia, pela Embrapa. Tenho certeza de que a ciência e os pesquisadores vão nos orientar cada vez melhor e nós vamos amadurecendo e evoluindo as leis - disse a senadora, salientando que, se o texto não é o ideal para os ambientalistas, também não é para o setor rural.
A senadora fez questão de esclarecer que, em nenhum momento, os defensores dos produtores rurais, pequenos ou grandes, estão interessados em "priorizar" o desmatamento. Porém, argumentou que, assim como o pequeno produtor que desmatou terá a oportunidade de compensar e não ser multado também o médio e grande produtor merece a chance de obter o perdão das multas, desde que se comprometa a recuperar a reserva legal, a área sensível e a margem de rio.
- As áreas que nós temos são suficientes para aumentar a produção de comida, duas vezes a de grão e três vezes a de carne, para que possamos continuar abastecendo o Brasil e também outros países - afirmou.
A senadora buscou explicar a sua posição a respeito da preservação de vegetação à margem dos rios (mata ciliar). Ele considerou um avanço a eliminação do texto da exigência de preservação de 500 metros a partir do leito dos rios.
- [A preservação] foi reduzida para até 100 metros. Não quero dizer que a mata ciliar não é importante. Ao contrário, superimportante. Infeliz ou felizmente, nós temos produtores rurais que ocupam há centenas de anos as margens dos rios. E onde há pessoas, há soluções, mas há problemas. Como vamos fazer com essas pessoas que estão um pouquinho mais encostadas no rio, que são pequenos e médios agricultores? - disse a senadora.
60 anos da CNA
A senadora aproveitou o pronunciamento para comemorar os 60 anos da Confederação Nacional da Agricultura, entidade presidida por ela. Celebrou também o lançamento pela presidente Dilma Rousseff da nova política agrícola brasileira, anunciada durante a comemoração da CNA.
- E nós teremos uma etapa de muita prosperidade no Brasil. Nós sairemos daquela etapa, onde os produtores plantavam, geravam superávit, geravam produção, mas ficavam endividados, trazendo uma imagem distorcida para a sociedade como se os produtores rurais não gostassem de pagar conta. Mas na verdade é a política agrícola que está velha, não está de acordo com a agricultura brasileira - enfatizou.
24/11/2011
Agência Senado
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