Kátia Abreu quer que hidrovias e ferrovias sejam priorizadas e desoneradas
A senadora Kátia Abreu (DEM-TO) defendeu nesta quinta-feira (19) a priorização e a desoneração de hidrovias e ferrovias como forma de reduzir os custos de transporte no Brasil. Ela disse que o governo federal está cometendo o mesmo erro ocorrido com a Hidrelétrica de Tucuruí ao não prever a construção simultânea de uma eclusa na Hidrelétrica de Estreito, na divisa do Maranhão com o Tocantins.
- A Hidrelétrica Luiz Eduardo Magalhães, sem a eclusa, está matando a navegação do Rio Tocantins, que será agravada com a construção da Hidrelétrica de Estreito, sem a eclusa - alertou.
Kátia Abreu disse que o prejuízo dos produtores rurais das Regiões Norte e Centro Oeste chega a R$ 2,7 bilhões por ano, por não poderem utilizar o transporte hidroviário que é 40% mais barato que o transporte rodoviário. Ela ressaltou que a construção de uma eclusa no barramento da Hidrelétrica Luiz Eduardo Magalhães, cerca de 50 quilômetros ao Norte de Palmas, permitiria a navegação ao longo de 725 quilômetros do Rio Tocantins.
No momento, conforme informou a senadora, a Hidrelétrica de Itaipu está realizando estudos para a construção de uma eclusa, que permitirá ligar não apenas o Oeste do Paraná ao Paraguai e à Argentina, mas também parte dos estados do Mato Grosso do Sul, São Paulo e Minas Gerais. Com a construção da eclusa de Itaipu, surgirá uma alternativa à saída de produtos do Paraná via Chile, viabilizando-se uma rota para atender o Oriente e a costa oeste dos Estados Unidos.
- Essa eclusa, além de assegurar nova rota para os produtos brasileiros, reduzindo o custo, permitirá a consolidação do comércio no Mercosul - afirmou.
Em relação às ferrovias, Kátia Abreu disse que dos 40 mil quilômetros que o Brasil tinha em 1950, restaram apenas 28 mil quilômetros. A senadora lamentou este fato, pois, em sua opinião, a integração ferroviária poderá ser "o grande agente uniformizador do crescimento auto-sustentável do país". Ela acrescentou que, no Tocantins, com a conclusão do trecho de 147 quilômetros, entre Aguiarnópolis e Darcinópolis, e dos trechos seguintes até Palmas, faltarão 363 quilômetros para completar todo o percurso da Ferrovia Norte-Sul até a divisa com Goiás.
- Vamos mostrar que somos um país inteligente - concluiu.19/04/2007
Agência Senado
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