Lauro Antônio diz que cultivo de palma é boa saída para a seca do semiárido nordestino
O senador Lauro Antônio (PR-SE) explicou na tarde desta quarta-feira (21) a importância do cultivo de palma para seu estado, cuja região semiárida recebe chuvas apenas por quatro meses e enfrenta seca no restante do ano.
Ele contou que a palma é altamente resistente à seca e lembrou que a maioria das propriedades localizadas no semiárido tem pequenos módulos rurais dedicados à agricultura familiar, os quais sofrem desertificação acentuada. A falta de chuvas é um dos motivos que levam os produtores a perder suas lavouras, aumentar suas dívidas e ceder ao êxodo para grandes cidades.
Lauro Antônio informou que a palma pode ser transformada em farelo usado como complemento alimentar para os animais. Além de ser mais barato, ele seria mais nutritivo do que o de trigo, de acordo com o senador. O seu broto pode ser usado como base para sucos, biscoitos, sorvetes, conserva, doces - o figo da índia, por exemplo. No México, disse, a palma é consumida como verdura. A indústria farmacêutica também produz farelos que ajudam a combater diabetes e colesterol; e a de cosméticos fabrica shampoo, cremes hidratantes, protetores labiais, entre outros itens.
- No meu estado, o projeto Palma para Sergipe, do Sebrae, tem resultados bastante satisfatórios em 22 núcleos de tecnologia social em 16 municípios para produção e beneficiamento da planta. Mais de mil produtores já foram capacitados a trabalhar com a palma.
De acordo com ele, Sergipe tem mais de 1,7 milhão de raquetes de palma plantadas. E elas são altamente produtivas se plantadas na técnica de cultivo intensivo.
- No sistema tradicional, um hectare produz 30 toneladas de palma miúda. Se plantada em sistema intensivo, essa relação vai para 552 toneladas por hectare. Se for a palma doce, sobe para 730 toneladas na mesma área.
Com isso, um hectare cultivado seria capaz de alimentar de 20 a 30 vacas leiteiras ou até 300 carneiros ou cabras leiteiras durante todo o ano.
- É por isso que acredito em saídas viáveis para diminuir as desigualdades tão evidentes no Nordeste, garantir o desenvolvimento no semiárido, os empregos, a qualidade de vida. Assim as famílias não terão interesse em sair de suas terras.
21/12/2011
Agência Senado
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