Líder da Minoria quer explicações de servidor
Em seu primeiro pronunciamento como líder do Bloco Parlamentar da Minoria no Senado, Mário Couto (PSDB-PA) defendeu, nesta sexta-feira (9), a vinda do secretário de Controle Interno da Casa Civil da Presidência da República, José Aparecido Nunes Pires, à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos cartões corporativos para explicar a elaboração de suposto dossiê sobre gastos com cartões corporativos no governo Fernando Henrique Cardoso. José Aparecido Pires está sob suspeita de ser o responsável pelo vazamento dessas informações.
Mário Couto afirmou que a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, mentiu em seu depoimento à Comissão de Serviços de Infra-Estrutura (CI), nesta quarta-feira (7), ao negar a existência de tal dossiê.
- Ministra, mentir ao ser torturada é perdoável; mentir numa democracia é imperdoável para uma ministra - observou.
Na opinião do senador, o governo diz tratar-se de banco de dados, e não de um dossiê, para não comprometer uma possível candidatura de Dilma Rousseff à Presidência da República. Conforme acrescentou, o governo utiliza "artimanhas" para desmoralizar a Minoria, tendo elaborado o dossiê com o fim de dificultar as atividades da CPI Mista dos Cartões Corporativos, que pretende apurar gastos do governo Luiz Inácio Lula da Silva com esse mecanismo de crédito.
- Quando se prepara um dossiê para se intimidar e para arquivar uma CPI, é a volta da ditadura. Se não deixam o Legislativo fiscalizar o Executivo, qual é o nosso papel, o que estamos fazendo aqui? A CPI é o instrumento legal de fiscalização - ressaltou.
09/05/2008
Agência Senado
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