Líder do PSDB pede instalação rápida de CPI do Movimento dos Sem Terra
O líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), afirmou em Plenário, nesta sexta-feira (4), que a repercussão, na imprensa, da criação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) destinada a investigar a ação do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e a crise fundiária demonstram que o requerimento do partido para a constituição da CPI está respaldado por toda a opinião pública nacional. O senador fez um apelo às lideranças para que indiquem os integrantes da CPI no início de agosto, a fim de que a comissão seja instalada imediatamente.
Arthur Virgílio leu as manchetes dos principais jornais do país, que dedicaram um espaço na primeira página a temas como a criação da comissão de inquérito, a postura do governo de fazer prevalecer a lei nos conflitos no campo e o uso do boné do MST pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, durante cerimônia realizada nesta semana.
O líder louvou a posição do governo, ao ler as manchetes que dão conta de que o governo ameaça usar a força para pacificar o campo, de que o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, advertiu o MST e os proprietários rurais e de que o procurador-geral da República, Cláudio Fonteles, afirmou que a invasão de terras é um crime intolerável.
- Era isso o que a oposição queria, em defesa da economia, das exportações, da agricultura, do saldo da balança comercial, da Constituição, da lei, da ordem - disse o senador.
Para o líder, -a alegria do bonezinho foi substituída pelo sabor amargo da realidade, para longe do reino fantasmagórico da fantasia-.
O líder disse ainda que o PSDB requereu a CPI de forma responsável, porque quer o primado da lei e da ordem. Ele observou que não é do feitio do PSDB pedir uma CPI -apenas por pedir-. E disse que o MST pode estar recebendo financiamento externo -de modo a prejudicar a agricultura brasileira-.
04/07/2003
Agência Senado
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