Líder do PSDB vê "postura permissiva" do governo diante da radicalização dos movimentos sociais
O líder do PSDB, senador Arthur Virgílio (PSDB-AM), responsabilizou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o seu governo pela -postura permissiva- em relação à radicalização dos movimentos sociais. Fazendo coro com o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, também do PSDB, Arthur Virgílio disse que essa postura já está afetando o crescimento econômico e prejudicando o país.
- O Brasil vive sob preocupante tensão no campo e, agora, também na periferia das grandes cidades. A paz, necessária ao crescimento da economia, está ameaçada por um movimento que não surgiu por obra do acaso - ressaltou. Ele disse que, como oposição responsável, o PSDB vem advertindo o governo para essa situação prejudicial ao país, mas que -nem Lula nem o PT se abalaram-. Só agora, continuou, parecem despertar para a gravidade do momento.
Arthur Virgílio chamou a atenção para o tom de preocupação da última reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, quando o presidente Lula tentou tranqüilizar os empresários transmitindo, por intermédio do ministro Tarso Genro, secretário especial do Conselho, a mensagem de que os abusos dos movimentos sociais serão contidos e o estado de Direito será mantido. O líder do PSDB transcreveu notícia do jornal paulista O Estado de São Paulo com essas informações, e pediu para que ela conste dos anais do Senado Federal.
O senador alinhou também, no seu pronunciamento, outras matérias do Estado de São Paulo , do jornal paranaense Gazeta do Povo e do Correio Braziliense , que registram as invasões do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) em fazendas no Paraná e em Unaí (MG), a falta de dinheiro para cumprir a promessa do presidente Lula de assentar 60 mil famílias até o final do ano, reduzindo a meta para 10 mil, e o clima de tensão e violência no país. A seu ver, o Palácio do Planalto teme que se consolide uma imagem de impotência diante dos conflitos no campo e nas cidades.
01/08/2003
Agência Senado
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