Líderes preocupados com conseqüências dos atentados nos Estados Unidos



As conseqüências dos atos terroristas ocorridos nesta terça-feira (dia 11) nos Estados Unidos e a posição a ser adotada pelo governo americano deve ser, na avaliação do senador Renan Calheiros (PMDB-AL), a principal preocupação da comunidade internacional neste momento. Para o líder do PMDB, os resultados dos atentados são imprevisíveis. O senador Hugo Napoleão (PFL-PI) ressaltou as enormes proporções da tragédia e salientou a possibilidade de que venham a ocorrer repercussões graves na economia do planeta.

- Foi abalado justamente o centro do comércio internacional, com a queda de um dos dois prédios e a danificação completa de outro, sem se falar no mais grave, que foram as perdas humanas de pessoas inocentes - disse o líder do PFL.

Para o senador José Eduardo Dutra (PT-SE), líder do Bloco Oposição, os acontecimentos reforçam as teses de urgência por soluções pacíficas. "Qualquer conflito hoje pode se transformar em um estopim de repercussões maiores", alertou. Esta também é a opinião do líder do governo no Senado, Romero Jucá (PSDB-RR), para quem o momento é de mobilização dos líderes mundiais contra ataques deste tipo. "Toda sociedade vai ter que se mobilizar para dar uma resposta contundente a esse tipo de absurdo porque senão não haverá mais salvação", disse. O presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Senado, Jefferson Péres (PDT-AM), disse que as conseqüências do atentado devem ser discutidas no âmbito da comissão.

Na avaliação do senador José Agripino (PFL-RN), o Brasil deve adotar uma postura de total solidariedade aos Estados Unidos. "É uma nação que foi agredida nos seus valores, nos seus símbolos. O que houve foi uma tentativa, não sei por parte de quem, de desmoralizar a nação americana, de abater o moral de uma nação, que tem os seus defeitos, suas virtudes, mas é feita por gente, por civis, que foram vitimados", comentou.

Para o senador Ney Suassuna (PMDB-PB), os atentados derrubaram o mito da segurança norte-americana. "O maior dano é sobre o moral americano. Hoje os Estados Unidos se conscientizam de que são vulneráveis a um outro tipo de guerra e de que a segurança deles era apenas ficção", disse.

11/09/2001

Agência Senado


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