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"Se não chegarmos a um entendimento, não contem com os Democratas", afirmou o líder do DEM, senador José Agripino (RN). Representando o PSDB, o senador Alvaro Dias (PR) afirmou que o desejo dos tucanos é votar matérias importantes, "mas não podemos abrir mão de fiscalizar o governo", afirmou. O parlamentar disse, no entanto, que a obstrução das votações no Senado só ocorrerá se efetivamente o governo não abrir espaço para a oposição no comando da CPI.

- Quando houver uma definição sobre o comando é que a oposição definirá o que fazer - disse Alvaro Dias.

O líder do PSB, Renato Casagrande (ES), defendeu o entendimento como o melhor caminho. Para o senador, quanto mais dura a oposição for - ameaçando com obstrução - encontrará maior resistência do governo em ceder.

- Esse ambiente acirrado não nos permite ter uma agenda positiva em 2008 - lamentou.

O líder do PMDB no Senado, senador Valdir Raupp (RO), afirmou que o partido não abrirá mão de indicar a presidência da CPI, cargo para o qual já foi inclusive indicado o senador Neuto de Conto (PMDB-SC), que ainda não deu resposta ao convite, segundo Raupp. O PMDB tem direito de indicar o presidente da comissão por possuir a maior bancada da Casa.

- Só abrimos mão se o indicado não quiser - ressalvou o líder.

O líder do governo no Senado, Romero Jucá, afirmou que a discussão sobre cargos de direção na CPI ficará para a próxima semana. Para Jucá, o requerimento que pede a instalação da comissão, de autoria do deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), deve ser protocolado até esta quinta-feira (14). Segundo o senador, o entendimento entre o governo e a oposição abrangeu apenas a criação de uma CPI mista (incluindo deputados e senadores). Jucá destacou que a distribuição de cargos de presidência e relatoria depende de novo entendimento.

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