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O líder do PT na Câmara, deputado Maurício Rands (PE), contudo, insiste numa troca. Ele quer a presidência da CPI para a bancada do governo, entregando a relatoria à oposição. Segundo a liderança governista na Câmara, até está terça-feira o líder pretende ainda conversar com os aliados a fim de convencê-los de que esse é o melhor formato para a comissão. Para Rands, a presidência nas mãos do governo prevenirá que a CPI seja desvirtuada e se transforme num mero palanque da oposição.

Enquanto isso, no Senado, o líder do PSDB, Arthur Virgilio (AM), diz que não existe possibilidade de troca de presidência por relatoria. Em sua página na Internet, Arthur Virgilio insiste em que a CPI Mista comece logo a funcionar, com o cumprimento do acordo que deu a presidência à oposição e a relatoria à base do governo.

- Se roerem a corda, exigirei que seja criada a CPI exclusiva do Senado, já requerida à Mesa - afirma o parlamentar tucano.

O PT já havia indicado o nome do deputado Luiz Sérgio (RJ) para essa relatoria mas, no momento em que, na semana passada, oposição e governo chegaram a um entendimento, no Senado, para indicar a senadora Marisa Serrano (PSDB-MS) para presidir o colegiado, a bancada governista dividiu-se na Câmara.

Na última sexta-feira (29), o presidente do Senado, Garibaldi Alves Filho, disse que se até esta terça-feira os líderes não indicarem todos os integrantes da CPI, ele os indicará. E mostrou-se impaciente com a demora desse entendimento, chamando a atenção para o longo tempo em que líderes da oposição e da situação vêm-se dedicando a essas conversas.

- Não é possível que agora, depois que tudo ficou acertado, se venha virar a mesa de novo. Eles (o PT) estão dizendo que vão insistir na troca da relatoria pela presidência. Agora, é mostrar ao PT que o que se quer é apurar. E já está dando a impressão de que ninguém quer apurar, quer é brigar.

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