Lindbergh rebate afirmações de Aécio; Demóstenes e Mário Couto fazem elogios



O senador Lindbergh Faria (PT-RJ) disse nesta quarta-feira (6), em aparte, que Aécio Neves (PSDB-MG) conseguiu paralisar uma tarde no Senado com seu primeiro discurso à Casa. Ele ressaltou, no entanto, que gostaria de debater a questão fiscal, classificada por Aécio como "gastança" e "desarranjo fiscal", e argumentou que, enquanto o déficit fiscal do governo Lula foi de 3%, o de Fernando Henrique Cardoso chegou a 6%. O senador também ressaltou que a campanha eleitoral do ano passado seguiu o padrão de maiores gastos no último ano de governo. Para ele, não houve "farra fiscal" no governo Lula e faltou ao discurso de Aécio definir as propostas da oposição para o futuro.

Aécio rebateu Lindbergh citando a própria presidente Dilma Rousseff, que teria reconhecido a "gastança exagerada" ao determinar um corte de R$ 50 bilhões no Orçamento Geral da União. Quanto a informações sobre criação de cargos no governo de Minas Gerais, do qual esteve à frente entre 2002 e 2010, Aécio disse que Lindbergh deve tê-las recebido das mesmas pessoas que tentaram convencer os eleitores mineiros na campanha eleitoral, mas que perderam a eleição no estado. O senador mineiro afirmou que, ao contrário, houve enxugamento de cargos em seu governo.

Demóstenes Torres (DEM-GO) disse que Aécio fez um "discurso de estadista" e que a bancada governista já admite a possibilidade de ele ser candidato à Presidência da República. Ele questionou se a oposição estivesse hoje no poder teria interferido na administração da Vale, como fez o governo da presidente Dilma Rousseff.

Para Demóstenes, é preciso impedir que o Brasil se torne um dos países menos desenvolvidos do mundo, pois o ensino foi ideologizado e o analfabetismo cresce. Demóstenes afirmou que as bandeiras da oposição são excelentes. "O senador Itamar Franco (PPS-MG) tem toda razão. Não adianta tentar se esconder na oposição ou tentar ser igual ao governo", assinalou.

O senador Mário Couto (PSDB-PA) disse que "aplaudiu de pé" o pronunciamento de Aécio. Ele declarou que dirá aos filhos que aplaudiu um homem público digno, que falou com ética. Mário Couto observou que "não é mais possível que a oposição permaneça como estava" e deve mostrar à população os caminhos que está seguindo.



06/04/2011

Agência Senado


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