Livro sobre Carlos Castello Branco será lançado nesta quarta no Senado
O senador Adelmir Santana (DEM-DF), que é também presidente do Conselho Regional do Serviço Nacional do Comércio (Senac-DF), é o autor do convite para o lançamento do livro Carlos Castello Branco - O Jornalista do Brasil. O evento ocorrerá na quarta-feira (9), a partir das 19h, na Biblioteca do Senado.
O livro, uma obra da Editora Senac, reúne uma série de entrevistas com Carlos Castello Branco, o Castelinho, no final dos anos 70 realizadas pelo jornalista Carlos Chagas. Esse material permaneceu arquivado por mais de 20 anos e foi organizado pelo cineasta Pedro Jorge de Castro, dando origem à publicação.
A obra mostra a transcrição dessas entrevistas exclusivas e também a contextualização histórica no início de cada capítulo, em que o autor descreve o momento político do país. O texto apresenta a histórica política brasileira com o diferencial da visão de Carlos Castello Branco sobre esses acontecimentos e a abordagem jornalística de Carlos Chagas.
No último encontro, Castello contou como eram as suas relações com o então presidente José Sarney. As entrevistas foram feitas até a morte de Castello Branco e somente agora, organizadas por Pedro Jorge, podem ser conhecidas pelo público. Segundo Carlos Chagas, Carlos Castello Branco era sarcástico, irônico, mas acreditava na importância de informar a sociedade.
História
Castello Branco nasceu em Teresina (PI), em 1920, formou-se em Direito em Minas Gerais e começou sua profissão nos Diários Associados, em 1939. Foi secretário de Imprensa no curto governo de Jânio Quadros (1961), passou pelo Jornal do Brasil, onde assinou a "Coluna do Castello" e foi presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Distrito Federal, em 1976. Acabou sendo preso no exercício de seu mandato, mas conseguiu concluí-lo.
Por sua luta pela liberdade de imprensa, ganhou vários prêmios internacionais, como o Maria Moors Cabot, da universidade americana de Columbia, o Prêmio Mergenthaler e o Prêmio Nereu Ramos da Universidade de Santa Catarina. Foi eleito para a cadeira nº 34 da Academia Brasileira de Letras (ABL) em 1982. Sua morte ocorreu 11 anos depois, em 1993, no Rio de Janeiro.
08/05/2007
Agência Senado
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