LOBÃO COBRA CONDIÇÕES DE COMPETIÇÃO PARA EMPRESAS BRASILEIRAS
Investimentos pesados e imediatos em educação e profissionalização técnica, aliados à defesa de igualdade de normas e regras para as empresas nacionais que se propõem a competir no mercado internacional, são exigências a serem cumpridas para que o país tenha condições de competitividade na nova ordem mundial, disse hoje (dia 14) o senador Edison Lobão (PFL-MA). Ele registrou seus cumprimentos à revista Problemas Brasileiros, dirigida pelo jornalista Isaac Jardanovski, pela seriedade e qualidade das informações veiculadas.Conforme dados da revista citados pelo senador, o instituto de pesquisa internacional Fórum Econômico Mundial, com sede na Suíça, coloca o Brasil na 46ª posição em condições de competitividade internacional num universo de 52 países, acima apenas da Colômbia, Polônia, Índia, Zimbábue, Rússia e Ucrânia. As carências brasileiras na educação e reciclagem de mão-de-obra estão entre as principais razões dessa posição lamentável, enfatizou. Ao mesmo tempo, o Brasil está em 1º lugar entre as nações emergentes que sediam multinacionais e conta com cerca de mil empresas, de capital predominantemente brasileiro, com filiais no mundo, disse. Se a crescente internacionalização da economia brasileira é motivo de preocupação, por não resultar em aumento dos empregos e melhoria da qualidade de vida, a multinacionalização das empresas nacionais é motivo de otimismo, na opinião de Lobão.O ingresso das empresas brasileiras no mercado internacional, no entanto, é freado por falta de condições adequadas de competitividade, reiterou.- Ingressariam ainda mais se nosso governo exigisse dos demais estados estrangeiros que estabelecessem, em benefício das nossas multinacionais, as mesmas regras que beneficiam as suas empresas que aqui aportam. Ou, então, que, pelo princípio da reciprocidade, impusesse, às que para aqui emigram capitais e interesses, as duras normas que exigem das nossas no exterior - defendeu.
14/10/1998
Agência Senado
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