Lobão: Maranhão já racionava energia e está sendo sacrificado
Segundo o senador, o Maranhão já racionava energia "há muito tempo", proporcionando a distribuição do excedente para o Nordeste e o Centro-Oeste. Ele comparou a situação de seu estado com a dos estados do Sul, que estão livres do racionamento por serem exportadores de energia. De acordo com Lobão, as condições de Tucuruí são similares às do Sul, cujos reservatórios atingem 98,3% de sua capacidade.
Ele lembrou que os governadores da Região Sul aceitaram promover uma redução voluntária de consumo de até 7%.
- Por que, então, um "pacto voluntário" de 7% para os consumidores do Sul e o racionamento de 15% para o Maranhão? - indagou, temendo os efeitos econômicos da redução de consumo.
Dizendo não estar convencido da necessidade de se racionar energia em seu estado, o senador alertou para os efeitos negativos sobre a indústria do alumínio, a Alumar, que deverá reduzir sua produção em cerca de 20%, provocando uma queda de R$ 30 milhões nas receitas do Maranhão.
Lobão disse que é contraproducente procurar os culpados pela crise, mas criticou a imprudência do governo federal e da Agência Nacional de Energia Elétrica, que negligenciaram as fontes alternativas de energia. Ele reclamou também pela não conclusão da construção da Usina de Serra Quebrada, em Imperatriz (MA).
O senador mencionou ainda um projeto de sua autoria, que propõe o estudo e gerenciamento de fontes alternativas de energia elétrica.
Em aparte, o senador Eduardo Siqueira Campos (PFL-TO) elogiou o discurso de Edison Lobão e pediu que os estados da Região Norte não sejam prejudicados pelo racionamento.
25/06/2001
Agência Senado
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