LOBÃO REBATE ACUSAÇÕES DE CLINTON E PEDE MAIS AJUDA DE PAÍSES DESENVOLVIDOS
- Não podemos nem queremos esconder que, entre nós, realmente faltam creches, falta saneamento básico, faltam habitações, faltam salas de aula, falta a qualificação dos professores, mas nenhum desses problemas pode ser atribuído à negligência ou à incúria do brasileiro, sabidamente um povo criativo e trabalhador. A responsabilidade das nossas falhas reside principalmente nas dificuldades que os chamados países desenvolvidos antepõem à livre circulação do que produzimos - avaliou o senador.
Para Lobão, chegou a hora dos países desenvolvidos acordarem para esta realidade. "Não pensem eles que se encontram ilhados num pedaço deste planeta. As suas "ilhas do paraíso" já sofrem, e sofrerão velozmente cada vez mais, as repercussões da pobreza que os cercam. Não poderão mantê-las ilesas e isoladas, cercadas pelos bolsões mundiais da pobreza e da miséria. Está em suas mãos a renovação para um mundo mais igualitário e feliz", alertou.
O senador defendeu a abertura das fronteiras desses países para os produtos brasileiros e o abandono da estratégia de vencer os problemas de desemprego com o desemprego no Brasil ou de comporem a poupança dos países desenvolvidos com a poupança brasileira. Lobão ressaltou ainda que o relatório do Unicef reconhece, com elogios, o que já foi realizado pelo Brasil. "Nos últimos 10 anos, o Brasil erradicou a poliomielite, aprovou o Estatuto da Criança e do Adolescente e reduziu a mortalidade infantil de 47,8 para 26,1 mortes em cada mil nascimentos", lembrou o senador.
14/12/1999
Agência Senado
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